À imprensa, Jerônimo afirmou que o governo do estado está empenhado em garantir a investigação e reforçou o apoio aos familiares das vítimas.
“Cada ato desse comove bastante a gente, a tropa e a população baiana. Primeiro, os sentimentos aos familiares daqueles que perdem a vida ou que, por ventura, ficam machucados fisicamente e espiritualmente”, afirmou.
Ele destacou que já acionou o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, e os comandos das polícias para assegurar uma apuração rigorosa do caso. A Polícia Civil também já pediu a prisão preventiva do policial militar.
É apuração de imediato e punição para aqueles que tiverem infringido a lei. A gente não abre mão
Medidas e apoio à tropa
Jerônimo também chamou a atenção para a necessidade de apoio psicológico aos agentes de segurança como medida preventiva para evitar ocorrências similares.
Ele mencionou um recente convênio firmado com o Ministério da Segurança Pública para oferecer assistência psicológica a policiais e oficiais.
“Estamos acompanhando o fato junto à família para que a justiça possa ser feita e, caso haja necessidade, a punição. Fizemos um convênio […] para garantir também, do lado dos policiais e dos oficiais da Segurança Pública, o apoio psicológico, para que essas coisas sejam diminuídas a todo tempo”, acrescentou.
O crime
A morte do adolescente, identificado como Gabriel Santos Costa, e o ferimento de outro jovem, Haziel Martins Costa, ambos rendidos e baleados por um policial militar fora de serviço, causaram indignação. O crime, que foi registrado em vídeo, provocou comoção e revolta na população.
As vítimas foram obrigadas a deitar no asfalto, com os rostos no chão e as mãos na cabeça, antes de serem atingidas pelos disparos. Ao todo, cerca de 12 tiros foram efetuados.
O suspeito, que deixou o local em um carro branco após o crime, também foi filmado xingando e agredindo as vítimas. Gabriel morreu no local, enquanto o outro jovem foi levado ao hospital e segue internado em estado grave.
Após o caso vir à tona, o policial militar, inicialmente identificado como Marlon da Silva Oliveira, alegou que agiu em legítima defesa, afirmando ter sido vítima de uma tentativa de assalto. A família da vítima discorda da versão.