Governador Jaques Wagner troca secretário da Fazenda

Fernanda Chagas/Raul Monteiro

 

O que era dado apenas como rumor foi confirmado. O governador Jaques Wagner anunciou nessa terça-feira (13/8), conforme a Tribuna antecipou, a saída do secretário estadual da Fazenda, Luiz Alberto Petitinga. Em seu lugar assume o economista Manoel Vitório, responsável até então pela pasta de Administração, que ficará interinamente sob a responsabilidade do chefe de gabinete, Edelvino Góes Filho. Informações dão conta, no entanto, de que o seu antecessor já trabalha para manter Góes Filho no cargo, como forma de estabelecer uma relação de sinergia entre as pastas.

As substituições serão publicadas no Diário Oficial desta quarta-feira (14), mas, conforme o líder do Executivo estadual antecipa tratar-se apenas de uma mudança pontual, como forma de oxigenar sua gestão.

“Antes de tomar essa decisão, sentei à mesa com Petitinga e o expliquei que por se tratar se um ano bastante apertado era necessário dar uma oxigenada na minha administração e ele entendeu que talvez fosse hora de colocar outro perfil para que a gente pudesse fazer este enfrentamento do aperto fiscal que o país está vivendo, o Brasil, e isso inclui, é claro, a Bahia”, explicou o governador.

A escolha por Manoel Vitório, de acordo com Wagner, foi por já conhecer o seu trabalho e por ele estar “totalmente inteirado dos problemas do governo estadual”. “É bom botar quem demandava para tomar conta do caixa. Ele tem a noção do que precisa e agora vai ter a noção do que é que tem”, pontuou.

Contudo, nos bastidores, os comentários são de que o governador já vinha manifestando descontentamento com a gestão, devido aos problemas na execução orçamentária.

Nas últimas semanas, por exemplo, aumentou a pressão dos fornecedores, cobrando pagamentos atrasados. O atraso foi creditado à implantação do Sistema de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado da Bahia (Fiplan), que substituiu os sistemas antigos, o Siplan e o Sicof.

Nos corredores da Governadoria circula ainda que embora Petitinga seja classificado como um técnico extremamente qualificado e exercesse muito bem o seu trabalho, as demandas internas têm exigido maior habilidade política, o que teria motivado a troca pelo gestor da pasta de Administração, cuja capacidade em fazer negociações políticas seria destaque. (Tribuna)

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