Governo Bolsonaro cortou um quarto da assistência cardiovascular no SUS, diz Ministério da Saúde
Por Redação
Um levantamento feito pela atual gestão do Ministério da Saúde apontou que o Governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, diminuiu em 23% as unidades de saúde habilitadas a realizarem procedimentos cardiovasculares do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo publicação do Portal Metrópoles, a queda na quantidade de hospitais credenciados pelo SUS foi causada no ano passado, através do programa QualiSUS Cardio.
O antigo governo dizia que teria eleito o desempenho dos hospitais como um critério fundamental para autorizar os serviços. O resultado da pesquisa mostrou que de 249 estabelecimentos, somente 191 continuaram no sistema único de saúde.
Gestores de estados e municípios alertaram, durante o governo de transição, que o programa era “muito problemático”, segundo o secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda.
“Após um estudo cuidadoso, não conseguimos entender qual foi o critério usado na gestão anterior para classificar e excluir os serviços. Reduziram as órteses cardiovasculares [como marcapassos], o que levou a um desabastecimento na rede. Também alegaram preços acima do mercado, o que não encontramos. Isso tudo fez cair a produção brasileira na área cardiovascular”, disse o titular da pasta.
“O Censo mostrou recentemente o envelhecimento da população brasileira, que tem mudado seu perfil demográfico. As doenças cardiovasculares são a principal causa de mortalidade no país entre as doenças crônicas”, concluiu Helvécio.
Vale lembrar que as doenças cardiovasculares fazem parte das principais doenças que causam morte no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).