Os recursos para esses projetos fazem parte do orçamento do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) voltado para o patrimônio histórico. O presidente do Iphan, Leandro Grass, enviou um ofício à governadora, Raquel Lyra (PSDB), convidando o estado a ser parceiro não apenas nas obras em Noronha, mas também na requalificação do Largo da Igreja de Nossa Senhora do Monte e na restauração da Igreja de São Pedro, localizadas em Olinda.
Segundo Márcia Hazin, o instituto realizará trabalhos de conservação e revitalização no Forte Santo Antônio, com custo estimado em R$ 8.548.647,41, e no Forte São Pedro do Boldró, com um investimento aproximado de R$ 9.597.655,15.
O ofício encaminhado à governadora detalha que serão estabelecidos “requisitos técnicos e gerenciais fundamentais para que seja possível a celebração do termo de compromisso e o início da obra no primeiro semestre de 2024”.
Márcia Hazin mencionou que as atividades a serem realizadas incluem a consolidação das ruínas, o restauro, a implantação de passarelas, entre outros trabalhos. A forma de cessão de uso dos imóveis ainda será definida.
No que diz respeito aos fortes em questão, o Forte de Santo Antônio, localizado na região do porto, foi construído a partir do final de 1737, sob a direção do tenente-coronel João Lobo de Lacerda. O Forte São Pedro do Boldró, construído de maneira semelhante ao Reduto de São João Batista de Fernando de Noronha, teve sua construção datada do século 18, por volta de 1757.
O Iphan já realizou a requalificação do Forte de Nossa Senhora dos Remédios, a maior fortaleza em Noronha, concluída em 2019, com um investimento de R$ 11 milhões. O governo de Pernambuco licitou o imóvel, sendo que o consórcio vencedor assinou contrato para administrar o Forte dos Remédios, pagando R$ 238 mil por mês.