Governo veta aumento do Judiciário Federal

A decisão da presidenta Dilma Rousseff de vetar o aumento médio de 56% em três anos para 120 mil servidores do Judiciário Federal será publicada hoje no Diário Oficial da União. O veto será integral. O governo manteve a posição de oferecer os mesmos 21,3% em quatro anos já apresentados ao pessoal do Executivo.

Protesto dos servidores ontem em Brasília (Foto: EBC)

Desde que o projeto de lei foi aprovado pelo Senado, Dilma e sua equipe econômica já davam sinais claros de que o veto seria o posicionamento oficial contra um gasto adicional de R$25, 7 bilhões até 2018. A categoria esperava a sanção parcial, com a possibilidade de a primeira parcela ser paga em 2016 e não neste ano, como prevê o projeto original.

Se o texto fosse sancionado, os servidores do Judiciário Federal ganhariam até 181,12% a mais do que o pessoal do Executivo em 2017. Pela proposta de Dilma, essa diferença máxima chegaria a 99,06% em 2019, mantendo a diferença salarial que já existe hoje entre os poderes.

A corrida da base agora será pela derrubada do veto no Congresso Nacional. Ontem, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), declarou que derrubar o veto pode não ser um bom resultado para as contas públicas e que é necessário negociar. O Ministério do Planejamento criticou publicamente o aumento na última segunda-feira. “Dinheiro não cai do céu”, declarou Sérgio Mendonça, secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento.

O economista Raul Velloso defendeu que a União agiu certo: “Tratar os poderes de forma igual é o mais ponderado no cenário de crise”.

Veja as simulações (clique para ampliar):

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