Greve deixa Porto Alegre sem ônibus há 11 dias
A greve dos rodoviários de Porto Alegre entrou nesta quinta-feira (6/2) no 11º dia sem nenhum ônibus em circulação. A paralisação por tempo indeterminado afeta mais de 1 milhão de pessoas. O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) determinou uma nova audiência hoje à tarde entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa). Representantes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), da prefeitura e do Ministério Público do Trabalho também devem participar da reunião.
O Seopa informou que vai descontar os dias parados dos rodoviários e que possíveis demissões poderão ocorrer. Na última audiência no TRT-RS, na segunda-feira (3), o sindicato patronal propôs reajuste salarial de 7,5%, aumento do vale-alimentação de R$ 16 para R$ 19 e fixação da contribuição dos empregados no plano de saúde em R$ 10, em vez de R$ 40.
Também ficou combinado que não haveria desconto dos dias parados ou retaliações aos empregados. De acordo com o tribunal, a validade do acordo foi condicionada ao retorno gradual dos ônibus às ruas da capital a partir do meio-dia de terça-feira (4), para que 70% da frota estivesse em operação até as 16h.
Em assembleia na terça-feira, os rodoviários rejeitaram o acordo encaminhado no TRT-RS. Assim, informa o tribunal, duas liminares deferidas anteriormente voltaram a valer: a que declarou a ilegalidade da greve, autorizando as empresas a descontar os dias parados dos empregados, e a que determinou a manutenção de 70% de circulação dos ônibus nos horários de pico e de 30% no restante do dia, sob pena de multa diária de R$ 100 mil. (Agência Brasil)