Guedes seria mais um a enrolar Paulo Câmara?

Dos governadores que não votarem em Jair Bolsonaro, o primeiro a pedir audiência ao novo presidente da República foi o de Pernambuco, Paulo Câmara. O presidente não o recebeu, mas determinou ao ministro de Infraestrutura, Tarcísio Freitas, que o fizesse, já que a pauta de Pernambuco era a mesma de sempre: Transnordestina, transposição do São Francisco, Adutora do Agreste, recuperação das BRs que cortam o Estado, etc. Em seguida o governador pediu para ser recebido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para tratar de dois pedidos de empréstimo, um no Banco Interamericano de Desenvolvimento e outro na Caixa Econômica Federal. Esse dinheiro (mais de R$ 1 bilhão) seria aplicado em obras de infraestrutura, já que o “azul e branco” está escasso e insuficiente para transformar o Estado num canteiro de obras tal qual ocorreu entre 2007 e 2013.

Condições técnicas para endividar-se Pernambuco tem. Compromete apenas 7% de sua receita corrente líquida para o pagamento de suas dívidas (o limite é 13%) e deve apenas 61% de sua RCL aos seus credores, quando, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, pode dever até 200%. O ministro não negou o aval, mas também não o autorizou. Pediu que se aguardasse a publicação do balanço fiscal da União de 2018 para logo depois posicionar-se. Fez exatamente a mesma coisa que seus antecessores fizeram nos governos de Dilma e Temer: enrolou, enrolou, enrolou, mas não deu a autorização. (Inaldo Sampaio)

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