Sem alarde, a procuradora Maria Elisa Oliveira, do Ministério Público Federal (MPF) em Petrolina, mandou abrir um inquérito contra Luciano Fernandes Albuquerque, pai do deputado federal Fernando Monteiro (PP) e também Superintendente da CODEVASF.
O inusitado é que a denúncia, com farta documentação, partiu do também deputado federal Adalberto Cavalcanti (PTB).
Adalberto Cavalcanti acusa o pai do colega de bancada de ter usado a Codevasf para favorecer politicamente Fernando Monteiro.
Na denúncia de Adalberto Cavalcanti, entrou “na roda” também o deputado Dudu da Fonte (PP), presidente estadual do partido.
Adalberto Cavalcanti acusa Dudu da Fonte de dar “apoio ostensivo” às práticas do superintendente.
As acusações versam sobre suposto uso político de perfurações de poços e o cancelamento de projetos que, inicialmente, estavam previstos para distritos eleitorais de Adalberto e, supostamente, foram mudados de lugar em retaliação.
Além disso, Adalberto Cavalcanti denuncia “cooptação de lideranças locais e de associações mediante oferta de horas-máquinas e tratores” e suposto superfaturamento na perfuração dos poços.
O despacho da procuradora da República foi assinando em 2 de maio, mandando abrir o inquérito.
Adalberto Cavalcanti se coloca como pré-candidato a prefeito de Petrolina.
Primeiro deputado de Pernambuco a votar no impeachment em abril, ele votou pelo não. Na ocasião, justificou que não tinha como votar sim por tudo que Dilma e Lula fizeram pela sua região eleitoral. (Jamildo Melo)