Guru da ultra-direita mundial e ex-assessor de Trump atua na campanha das redes sociais de Bolsonaro

Divulgando fake news e material misógino, xenófobo e racista, Steven Bannon concentrou o movimento de extrema-direita nos Estados Unidos que resultou, entre outros incidentes, nos protestos supremacistas brancos na cidade de Charlottesville, em que fascistas desfilaram carregando rifles, suásticas e bandeiras carregadas de preconceitos contra as minorias.

Reprodução/Instagram

Entre muitos dos sites em todo mundo que repercutiram o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil – que levou a disputa entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) para o embate final -, um deles passou despercebido na repercussão feita pela mídia tradicional. Em post com a palavra “breaking” (algo como “quebrando”, em tradução livre) em letras maiúsculas o Breitbart News anunciou o resultado em sua página no Facebook, divulgando a matéria com o título: “Conservador Bolsonaro vence o primeiro round da corrida presidencial”.

Idealizado e produzido pelo comentarista conservador Andrew Breitbart, o site tornou-se conhecido quando Steve Bannon assumiu a presidência executiva e alinhou-se à ultra-direita estadunidense. Divulgando fake news e material misógino, xenófobo e racista, Breitbart e Bannon concentraram o movimento de extrema-direita nos Estados Unidos que resultou, entre outros incidentes, nos protestos supremacistas brancos na cidade de Charlottesville, em que fascistas e neonazistas desfilaram carregando rifles, suásticas e bandeiras carregadas de preconceitos contra as minorias.

E o que tem a ver esta história com as eleições no Brasil? Bannon, que atuou como estrategista-chefe de Donald Trump, e atualmente coordena um movimento para espalhar a onda conservadora de ultra-direita em partidos políticos na Europa, se encontrou em agosto com Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, e se tornou um “conselheiro” da campanha.

“Bannon se colocou à disposição para ajudar. O suporte é dica de internet, de repente uma análise, interpretar dados, essas coisas”, disse Eduardo, em entrevista à revista Época. “O mesmo tratamento que tem o Trump lá é o que se dispensa ao Bolsonaro aqui. Todos esses rótulos e tudo mais. É praticamente a mesma coisa. Os dois brigam contra o establishment”, complementou o filho de Bolsonaro.

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