Há consenso no Judiciário e no PL de que Bolsonaro será preso; a questão é quando
A avaliação é de que se surgirem provas de que Bolsonaro agiu ou está agindo para atrapalhar as investigações, uma prisão preventiva poderá ser decretada de imediato
Dentro do PL, é dada como certa a prisão de Jair Bolsonaro (PL) diante do volume de evidências que surgem a cada dia, o implicando em várias frentes criminosas abertas por seu governo: o esquema do desvio e venda de joias recebidas pela Presidência da República, as conspirações golpistas – reforçadas pelo depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à CPMI dos Atos Golpistas nesta quinta-feira (17) -, entre outros. Para piorar, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a quebra dos sigilos bancários de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, o que poderá engrossar ainda mais o rol de provas contra o ex-mandatário.
Segundo disse o jornalista Valdo Cruz na GloboNews nesta sexta-feira (18), a cúpula do PL reconhece a gravidade do cenário no qual Bolsonaro está inserido e avalia que dificilmente ele se livrará da prisão. De acordo com Daniela Lima, também da GloboNews, a temperatura no Judiciário não é diferente. A situação de Bolsonaro “degringolou” rapidamente, disse a ela um integrante de corte superior. A avaliação é de que se surgirem provas de que Bolsonaro tentou ou tenta interferir no andamento das investigações, uma prisão preventiva poderá ser decretada de imediato para levá-lo ao cárcere. Caso contrário, a expectativa é de que Alexandre de Moraes monte um caso robusto para justificar a prisão do ex-mandatário. Mesmo nesse caso, não se espera que o desfecho de Bolsonaro demore, visto a celeridade com que trabalha o ministro Alexandre de Moraes.