“O senhor é um hacker de meia tigela”
Deputado Filipe Barros (PL-PR) após Walter Delgatti não responder perguntas na CPMI
Hacker agiu para ganhar perdão pelos seus crimes
Esperto e inteligente, como são os estelionatários, o presidiário Walter Delgatti e seu advogado ativista perceberam que o depoimento à CPMI seria a chave para tirar o hacker da cadeia. A estratégia foi agradar os inimigos de Jair Bolsonaro no PT, no governo e no Supremo Tribunal Federal, ansiosos por pretextos que levem o ex-presidente à prisão. A expectativa do hacker é que, em retribuição aos serviços prestados, ele se livre de penas mais duras. No fim, o governo celebrou a goleada.
Script cumprido
O hacker apresentou sinais de jogo combinado com parlamentares governistas, cujas “levantadas de bola” foram prontamente respondidas.
Matou a pau
O jogo pareceu de fato combinado quando questionamentos da oposição foram ignoradas. Afinal, ele já havia conseguido o que queria.
Como música
As palavras de Delgatti soaram como música aos ouvidos de inimigos de Bolsonaro como o presidente Lula e seu julgador Alexandre de Moraes.
Contagem regressiva
Ainda que tudo seja mentira, levará um tempo bem superior ao da política até que isso fique claramente demonstrado. Será tarde demais.
Governistas levam a melhor nas ‘emendas pix’
Dos cinco parlamentares que mais destinaram recursos via transferência especial, conhecida como “emenda pix”, três votaram 100% das vezes com o governo Lula no primeiro semestre deste ano. Todos são do Senado. O recordista é Jayme Campos (União-MT), que é unânime no apoio ao Planalto, e já abiscoitou R$ 54,44 milhões em emendas. O valor foi levantado com base em ferramenta disponibilizada a partir desta sexta (18) no site do Partido Novo, para ampliar a transparência das emendas.
Olha ele aí
Com R$ 53,38 milhões liberados, Davi Alcolumbre (União-AP) virou lulista desde criancinha. Levou a prata. Votou 100% com o Planalto.
Ligações
Filho da ex-ministra de Dilma Kátia Abreu, Irajá (PSD-TO) já emplacou R$ 52,27 milhões em emendas. Votou com Lula em 86% das vezes.
Menos é mais
Messias de Jesus, R$ 50,84 milhões, votou 78% em favor do governo. Calos Viana (Pode-MG), R$ 49,09 milhões, 100% Lula.
Silêncio ou cegueira
Arrancou risadas dos presentes, a recusa do hacker Walter Delgatti de reconhecer até o próprio advogado, sentado ao seu lado, em uma foto reveladora do seu envolvimento com o presidente Lula.
Ministro pedinte
O ministro Carlos Fávaro (Agricultura) levou invertida do relator da CPI do MST, Ricardo Salles (PL-SP), ao citar fala da “boiada”: “quando era senador cansou de ir ao meu Ministério da Boiada pedir favor”.
Coisa ruim
A quase acertada adesão do Progressistas e do Republicanos ao governo Lula deixou consternado o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) para quem esses partidos estão “sentando no colo do capeta”.
Farc e MST
O deputado Evair de Melo (PP-ES) pediu quebra do sigilo de João Pedro Stédille após revelar na CPI do MST e-mail do líder invasor combinando agenda com os narcoterroristas das Farcs, da Colômbia.
Perdigoto
O senador Rogério Carvalho (PT-SE) se irritou com a acusação de cuspir no deputado Marco Feliciano (PL-SP): “quando eu estou falando sai saliva e eu não consigo controlar”, se justificou. Só falta usar babador.
Estranha venda
Levantou suspeitas a venda de R$ 950 milhões em ações do Nubank do seu CEO e fundador, David Vélez. A ação do banco despencou mais de 5% num só dia, mas banqueiro saiu do episódio com o bolso forrado.
Origem da denúncia
O infectologista Francisco Cardoso disse à coluna que as denúncias em torno da hormonização infantil no hospital da USP surgiram a partir da criação de um ambulatório especializado no assunto.
Empurra
Apesar da promessa do governo Lula de aprovar o novo marco fiscal até o final de agosto, o prazo não deve ser cumprido nas próximas duas semanas de trabalho. Já tem lulista prometendo para o “2º semestre”.
Pensando bem…
…guardar segredo da PF para “contar tudo” em CPI tem toda pinta de obstrução de Justiça.
Olha o nível de Bush Filho
Na visita do presidente Fernando Collor a Washington, em 1990, George Bush ofereceu um jantar em sua homenagem e convidou vários políticos, como a prefeita de Houston, Kathryn Whitmirel, que era de oposição, eleita quatro vezes consecutivas para o cargo. Político fino, Bush tentava atrai-la para seu projeto de reeleição. De repente, alguém descontrolado falava alto, chamando atenção. O embaixador Marcos Coimbra, que assistiu a cena, logo o reconheceu: era Bush Filho. Ele mesmo, George W. Bush, que anos dpois seria eleito presidente. Nervoso e aparentemente alcoolizado, ele vociferava: “Ela não votou em papai! O que está fazendo aqui?…”