Todos os herdeiros são descendentes dos irmãos da pintora. A receita gerada pelas obras que Tarsila deixou era gerenciada por uma empresa criada no fim dos anos 2000.
Porém, em 2019, quando o quadro A Lua foi leiloado por US$ 20 milhões, desavenças começaram na família.
Cada irmão tinha um representante na empresa, mas o nome principal à frente da administração da empresa era a sobrinha-neta de Tarsila do Amaral, também chamada de Tarsila.
Tarsilinha, como é conhecida, ajudou a organizar o catálogo da tia-avó, assim como cuidava dos direitos e da exploração das obras da pintora. Recentemente, no entanto, os familiares creem que encontraram irregularidades na administração que Tarsila vinha fazendo.
Um dos herdeiros, Paulo Montenegro, contou à TV Globo que Tarsila estaria fazendo uma negociação individual com uma fábrica de chocolate. Eles teriam descoberto uma outra empresa, chamada Manacá, pertencente a sobrinha-neta e que estaria fechando outros contratos.
Segundo Tarsila, a empresa existe, sim, mas é pessoal. Através do negócio, ela oferecia serviços de consultoria como especialista nas obras da tia, não tendo relação com a herança.
A disputa ainda rola na Justiça. Por enquanto, todo o dinheiro que for gerado pela exploração das obras de Tarsila do Amaral está sendo depositado em uma conta judicial, sem que nenhum dos herdeiros receba algo.
A obra de Tarsila do Amaral irá gerar renda para seus herdeiros até 2043, ano em que seus trabalhos entrarão em domínio público.