Herança de Tarsila do Amaral, morta há 50 anos, vira disputa judicial

Herdeiros da artista questionam administração do legado da artista

Abaporu, famoso quadro de Tarsila
Abaporu, famoso quadro de Tarsila – 
Tarsila do Amaral, uma das maiores pintoras da história do Brasil, morreu há 51 anos, mas sua herança se tornou alvo de disputa judicial agora. Os 56 herdeiros estão questionando a empresa responsável por gerir a obra da artista.

Todos os herdeiros são descendentes dos irmãos da pintora. A receita gerada pelas obras que Tarsila deixou era gerenciada por uma empresa criada no fim dos anos 2000.

Porém, em 2019, quando o quadro A Lua foi leiloado por US$ 20 milhões, desavenças começaram na família.

Cada irmão tinha um representante na empresa, mas o nome principal à frente da administração da empresa era a sobrinha-neta de Tarsila do Amaral, também chamada de Tarsila.

Tarsilinha, como é conhecida, ajudou a organizar o catálogo da tia-avó, assim como cuidava dos direitos e da exploração das obras da pintora. Recentemente, no entanto, os familiares creem que encontraram irregularidades na administração que Tarsila vinha fazendo.

Um dos herdeiros, Paulo Montenegro, contou à TV Globo que Tarsila estaria fazendo uma negociação individual com uma fábrica de chocolate. Eles teriam descoberto uma outra empresa, chamada Manacá, pertencente a sobrinha-neta e que estaria fechando outros contratos.

Segundo Tarsila, a empresa existe, sim, mas é pessoal. Através do negócio, ela oferecia serviços de consultoria como especialista nas obras da tia, não tendo relação com a herança.

A disputa ainda rola na Justiça. Por enquanto, todo o dinheiro que for gerado pela exploração das obras de Tarsila do Amaral está sendo depositado em uma conta judicial, sem que nenhum dos herdeiros receba algo.

A obra de Tarsila do Amaral irá gerar renda para seus herdeiros até 2043, ano em que seus trabalhos entrarão em domínio público.

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