Por Larissa Rodrigues
Há exatos dois anos, o Brasil assistia atônito às invasões e depredações de prédios públicos em Brasília. Um show de horrores que desafiou a democracia, a ordem pública e as instituições brasileiras.
O 8 de janeiro de 2023 marcou a história do País como o dia em que bolsonaristas insatisfeitos com a eleição do presidente Lula (PT) quiseram mudar o resultado das urnas por meio da violência generalizada.
Tentaram tomar o poder à força, desrespeitando a vontade dos mais de 60 milhões de eleitores e eleitoras que escolheram, de forma legítima e democrática, que o próximo presidente da República seria Lula.
Independentemente de se concordar ou não com o projeto petista, não há e nem nunca houve dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral, a não ser aquelas que foram inventadas para servirem aos interesses do ex-presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL), que também nunca foi alguém compromissado com a verdade.
Diante de tudo o que se sabe hoje, inclusive do plano para assassinar o presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que à época era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não há como negar que o 8 de janeiro foi uma tentativa de golpe, algo que precisa ser exposto e lembrado todos os anos, para jamais ser repetido.
GOLPISTAS PLANEJAVAM NATAL SANGRENTO – Não se pode esquecer também que dias antes do 8 de janeiro, na véspera de Natal de 2022, um trio que compartilhava dos mesmos delírios golpistas tentou explodir o aeroporto de Brasília. Era manhã do dia 24 de dezembro quando surgiu a notícia de que uma bomba havia sido acoplada a um caminhão-tanque abastecido com 60 mil litros de querosene de aviação e que entraria na área do terminal do aeroporto. Hoje se sabe que o plano de assassinato de Lula estava sendo planejado também em dezembro. Veja a gravidade do que pretendiam fazer com o Brasil.
Lunáticos fantasiados de patriotas – O dia de hoje é para lembrar e também refletir sobre todas as ações desses lunáticos desiludidos com o resultado das urnas. Depredaram prédios públicos, planejaram matar o presidente eleito democraticamente e iriam assassinar dezenas de inocentes ao explodir o aeroporto da capital federal. Mesmo que tentem negar os fatos, entraram para a história como golpistas violentos delirantes, jamais como patriotas que amam o Brasil.
Evento marcará os dois anos da tentativa de golpe – Às 9h30 desta quarta-feira (8), o presidente Lula comanda uma cerimônia para lembrar os dois anos dos atos golpistas em Brasília. Ele vai descer a rampa do Planalto com integrantes dos Três Poderes, uma caminhada semelhante à que ele fez um dia depois dos ataques, em 2023. O almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen (Marinha), o general Tomás Paiva (Exército) e o tenente brigadeiro do ar Marcelo Damasceno (Aeronáutica) comparecerão, a pedido do presidente.