Indústria atinge 5 meses de quedas na produção e perde, de novo, intensidade e força em outubro

Setor fica 4,1% abaixo do nível pré-pandemia, de fevereiro do ano passado. E 20,2% abaixo do nível de maio de 2011.

A produção industrial brasileira iniciou o quarto trimestre ainda em dificuldades, com queda não esperada pelo mercado em outubro,

Pelo quinto mês seguido, em outubro, a produção da indústria brasileira registrou recuo de 0,6% na comparação com setembro, acumulando em cinco meses 3,7% de perdas.

Os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram ainda que, em relação a outubro de 2020, houve queda de 7,8%.

Ambos os resultados foram bem piores do que as expectativas em pesquisa da Reuters com economistas, de alta de 0,6% na variação mensal e de perda de 5,0% na base anual.

A indústria nacional enfrenta um cenário de inflação e desemprego altos no país, ainda em meio a problemas na cadeia de oferta global, falta de matéria-prima e encarecimento dos custos de produção.

Em outubro, três das quatro grandes categorias econômicas e 19 dos 26 ramos pesquisados apresentaram perdas na produção.

As maiores influências negativas entre as atividades vieram de indústrias extrativas (-8,6%) –devido a quedas do minério de ferro e do petróleo– e produtos alimentícios (-4,2%) –por conta do açúcar, com a antecipação da safra da cana-de-açúcar na região Centro-Sul do país.

Entre as grandes categorias econômicas, a queda mais acentuada foi registrada por bens de consumo duráveis, de 1,9%. A fabricação de bens de consumo semi e não-duráveis recuou 1,2%, e a bens intermediários caiu 0,9%.

Somente a produção de bens de capital apresentou ganhos em outubro, de 2,0% em relação a setembro.

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