Jair Bolsonaro já declarou publicamente que abomina o método Paulo Freire

 

Dois revolucionários nordestinos terão seus nomes inscritos nesta quarta-feira no livro dos “Heróis da Pátria” que está localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília. São eles Miguel Arraes e Bárbara de Alencar. Arraes nasceu no Araripe (CE), morou no Crato, e aos 15 anos se transferiu para o Recife a fim de concluir os seus estudos. Aqui foi deputado estadual, prefeito da capital, governador e deputado federal. Como prefeito, lançou o revolucionário “Movimento de Cultura Popular” que visava à alfabetização de moradores dos morros e das periferias pelo também revolucionário método Paulo Freire, que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, já disse que abomina.

Como governador, mediou o histórico “acordo do campo”, entre empresários da cana e do açúcar e trabalhadores rurais da Zona da Mata, pelo qual esses últimos passaram a ter direito à carteira de trabalho e ao pagamento do salário mínimo. Bárbara de Alencar, da mesma família do ex-governador, nasceu em Exu (PE), mas ainda jovem foi morar no Crato (CE) de onde apoiou a Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador de 1824, tornando-se a primeira presa política do Brasil. Cumpriu a pena num presídio de Fortaleza e em sua homenagem o cearense Ednardo compôs uma das mais belas peças do seu cancioneiro.

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