Até a terça-feira 31, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, deve homologar as 77 delações da Odebrecht, incluindo a de Cláudio Melo Filho, que acusa Michel Temer de pedir e receber R$ 10 milhões que saíram do departamento de propinas da empreiteira, em pleno Palácio do Jaburu (leia aqui).
Ato contínuo, o ministro Hermann Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, irá anexar tais delações ao processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, com parecer favorável à queda de Temer (leia aqui).
Nesse contexto, o colunista Janio de Freitas defende que Gilmar se declare impedido de votar no TSE, assim como de ser o novo relator da Lava Jato, por já ter se declarado amigo de 30 anos de Temer.
Abaixo, um trecho de sua coluna:
Caberia ao ministro Gilmar Mendes declarar-se impedido, quando for o caso. Não se espera que o faça. Mas suas longas visitas “de amigo” a Michel Temer o tornam impedido moralmente de conduzir, como faz, parte dos procedimentos no Tribunal Superior Eleitoral sobre irregularidades da chapa Dilma-Temer. Assim como o tornam moralmente impedido de eventual escolha, ou sorteio, para ser no Supremo o novo relator da Lava Jato, em cujas delações Temer aparece quase 50 vezes.