Jaques Wagner e 400 filiados estão impedidos de votar em eleição do PT

Lilian Machado
Figura central do Partido dos Trabalhadores na Bahia, sendo o maior representante da sigla no Estado, o governador Jaques Wagner pode não participar da decisão em torno do Processo de Eleições Diretas (PED) que vai escolher no próximo domingo as novas direções nacionais, estaduais e municipais.

No diretório estadual disputam cinco candidatos, com uma tendência favorável para Everaldo Anunciação. Além do chefe do poder Executivo baiano, cerca de 400 filiados não estariam aptos a votar. A notícia surpreendeu as hostes petistas, gerando desconforto para o governador.

Consta que os integrantes do PT precisariam encaminhar em tempo hábil para a executiva nacional algumas informações, que permitiriam a emissão de boletos para pagamento. Os dados teriam que ser cadastrados até o último dia 30, com objetivo de regularização no Sistema de Arrecadação de Contribuição Estatutária.

O presidente estadual do PT, Jonas Paulo, explicou que foi um erro da executiva nacional, que não teve tempo operacional para emitir os boletos. “Ganhamos um recurso, por unanimidade, e a direção nacional acolheu, mas ainda não teve condições operacionais para emitir os boletos. Nós estamos propondo que façamos daqui”, disse.

A situação reverberou na crítica feita pelo candidato da oposição no PED, o jornalista Ernesto Marques, que destacou o que considera uma “política deliberada de desorganização do PT”. “A nossa discussão não é ética, nem moral, mas o partido está fragilizado na sua forma organizativa”, disse para a reportagem da Tribuna.

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