Jerônimo Rodrigues reforça compromisso com prefeito eleito Andrei Gonçalves. Ele critica falta de transição e diz que convidou a prefeita Suzana Ramos para inauguração de obras
Redação
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Durante discurso na solenidade de inauguração das novas instalações do Hospital Regional com a entrega de títulos de terra e seis unidades escolares, nesta segunda-feira (18), em Juazeiro, o governador Jerônimo Rodrigues chamou a atenção dos prefeitos reeleitos, eleitos e derrotados sobre o significado da política eleitoral.
“Em política não existe empate, quem perdeu tem que lamber a ferida, passar a mão para tirar a poeira, aguardar um pouco para cicatrizar e cuidar da vida. A vida não acaba por causa de uma eleição, quantas nós perdemos para prefeito e vereadores. Quem tem que trabalhar é quem ganhou porque quatro anos é um tapa, passa rápido. Tum, para nós que perdemos [Casa Nova], 4 anos é como se fosse 40. O importante que não podemos perder o rumo de nossa caminhada”, disse para uma plateia repleta de prefeitos, deputados e lideranças.
O chefe do Executivo Estadual reforçou seu compromisso com o prefeito eleito, Andrei Gonçalves (MDB) e o povo de Juazeiro. “O governo bom é quando transforma a vida do povo colocando um hospital para atender pessoas. A nossa agenda hoje em Juazeiro é de R$ 210 milhões, somadas com as escolas, estradas e presidio. Estou aqui com 8 secretários de estado. O meu governo está em Juazeiro, contando ainda com as presenças do DNIT e INCRA. Estamos falando de nossa responsabilidade para com Juazeiro. Andrei você não vai ficar sozinho nesta caminhada”.
Jerônimo revelou a falta de autonomia dos municípios referente a questão de recurso. Ele disse ainda sobre a perseguição que o Estado da Bahia sofreu quando Bolsonaro foi presidente “O município que por mais que tenha grana não é autossuficiente por achar que pode governar sem a mão estendida do estado e da união. Nós, governadores que temos mais dinheiro do que os municípios, precisamos da mão do Lula. Veja o que Rui Costa sofreu quando foi governador nos 4 anos, não teve a presença da união. Aquele ex-presidente [Bolsonaro] não colocou uma pedra no estado da Bahia”.
Jerônimo criticou o comportamento da administração Suzana Ramos (PSDB) por não abrir as portas da prefeitura, até o momento, para a equipe de transição esteja trabalhando. “Espero Andrei, que a gente possa cada vez mais amadurecer na política. Existe uma lei que obriga a transição de um governo para o outro, Wagner fez assim com Rui, Rui fez assim comigo – que sou do mesmo time. […] Não somos donos da cadeira que sentamos por quatro anos, temos que ter humildade no que se faz. O mundo dá volta, principalmente na política. Quem diria que um bancário, um menino, virasse prefeito de uma cidade tão importante. Juazeiro confiou e nós não iremos decepcionar. […] Eu quero muito Andrei, que você consiga fazer a transição”.
Uma semana depois de assumir o seu governo, a administração Suzana Ramos construiu e inaugurou uma rotatória na frente do cemitério central da cidade. A obra foi iniciada e abandonada pelo ex-prefeito Paulo Bomfim (PT). O fato gerou grande repercussão na cidade aos formadores de opinião. Hoje, depois de 3 anos e dez meses, o governador faz uma analogia amarga sobre a inauguração de obra em cemitério de presidio. “Ninguém gosta de entregar presídio e cemitério, mas quem passa por uma situação de necessidade de cemitério sabe o quanto é bom ter um cemitério em condições de qualidade. Não precisamos inaugurar, mas também não podemos deixar nossa história abandonada”.
Jerônimo concluiu afirmando que convidou a prefeita Suzana Ramos para fazer parte das inaugurações. “Nós convidamos a chefe do executivo municipal, e se ela viesse não tomaria vaias, seria bem tratada.”