Jornalista sofre abuso sexual
Homem ejaculou calça da vítima. Funcionário disse que ela ‘deveria ter se manifestado’ e que não havia o que fazer
Ela notou o abuso somente ao deixar o vagão e desesperada procurou um funcionário do metrô em busca de ajuda. No entanto, todas as alternativas que recebeu transferiram a responsabilidade para ela.
“Ele me dizia que não tinha o que fazer. Que EU deveria ter gritado, que EU deveria ter feito alguma coisa e se EU tivesse me manifestado, os próprios passageiros me ajudariam. Fiquei pensando em que momento o Metrô faria alguma coisa. Nada mais aconteceu”, comentou sobre a ação. “O funcionário perguntou se eu morava perto, eu disse que sim. E só. Nada de registro, nada de boletim de ocorrência, como se nada tivesse acontecido”, completou.
A repórter falou que chegou a olhar para o homem, mas que ele acabou embarcando em outro vagão. “Não notei nada até a porta estar prestes a se abrir e o barulho da movimentação intercalar com a respiração ofegante dele atrás de mim. Saí do vagão olhando para trás, desconfiada, e ele também saiu e me olhou”, disse.
“Foi quando meus pés tocaram a escada rolante que senti parte da minha calça esquentar. Quando coloquei a mão nela, notei que ela estava molhada. A palavra era nojo”, descreveu.
O Metrô declarou, em nota, que a repórter fez o correto em procurar um dos agentes para fazer a denúncia, mas explica que o funcionário a orientou de maneira errada ao dizer que “nada poderia ser feito”. “É totalmente contrária à orientação do Metrô de amparar as vítimas e auxiliá-las para a realização de um Boletim de Ocorrência”, informou o Metrô sobre a declaração, reiterando que lamenta a conduta errada relatada e que o empregado já foi identificado e será “reorientado”.
Fonte: O Dia