Jota Quest se salva com presença de Lulu Santos

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O Jota Quest gosta de quem gosta do Jota Quest. Banda de Rock in Rio por direito conquistado, os mineiros não economizam esforços para manter nas mãos o seu grande público e não se afastaram um milímetro sequer da imagem que criaram para si mesmos ao longo de quase duas décadas: a de grande banda de baile, com um tanto de groove e um tanto de romance e muitos hits. No começo de noite de domingo, no Palco Mundo, não foi diferente. Dava para ver, pelo jeito moleque do vocalista Rogério Flausino, que o Jota era sincero em seus gestos de retribuição à afeição do seu público. Eles realmente se divertiam com a alegria alheia. Quanto ao show, foi basicamente aquilo que a banda sempre fez: um tanto de groove, um tanto de romance, muitos hits e poucas surpresas.
A máquina disco-funk logo voltou com “Mandou bem”, faixa do disco que a banda lança no mês que vem, “Funk funk boom boom”. Estilingadas no baixo e vocais com vocoder deram à canção um groove mais parrudo, mas ainda faltou um tanto para chegar a Jamiroquai. Mais à frente, “De volta ao planeta” sinalizou para o grand finale – Flausino soltou até algumas mensagens políticas para a galera. Mas ainda faltava a grande surpresa: um Lulu Santos com gaita e vocais cheios de um estranho efeito, para um “Tempos modernos” empolgadíssimo. Banda com rara habilidade pra dizer mais sim do que não, o Jota cumpriu a sua missão.A noite começou com a máquina disco-funk ligada, ao som de “Na moral”, e seguiu com uma recriação meio mão-pesada de “Além do horizonte”, clássico de Roberto Carlos. A alegre re-versão da triste “As dores do mundo”, de Hyldon, que o Jota fazia no começo da carreira foi resgatada para o show – e o povo pulou, bem como em “Encontrar alguém”, com sua levada “Got to be real”. O rock “Do seu lado” manteve o movimento até que entrasse a porção romance da noite, formada por baladas como “Mais uma vez” e “Hoje”, na qual o Jota ameaçou fazer algo mais bonito, mais soul, respaldado por um coro e o naipe de metais do grupo Funk Como Le Gusta. Mas o baile não podia parar para o crítico se deleitar.

Fonte: O Globo

 

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