Jovem era assediada por ex-namorado, diz promotor em sua defesa

Por Luiz Roberto Marinho- A jovem Mariana Karoline Paiva, de 26 anos, estava sendo perseguida pelo ex-namorado, um médico, e o que houve foi uma defesa que o promotor de Justiça fez do assédio à namorada, que era constante. Esta é a versão de Tiago Gonzalez, 34 anos, sobre o tumulto que armou, revólver em punho, na noite de segunda-feira, na Academia Corpo Livre, em Boa Viagem.

A versão foi contada ao blog por fontes ligadas a familiares do promotor, sob a condição do anonimato. Segundo estas fontes, o ex-namorado de Mariana, o médico Rodrigo Rocha, não se conformava com o rompimento do namoro e com sua substituição por Tiago Gonzalez.

Nas redes sociais, o médico, que se apresenta como CEO da Clinica Experience, no Recife, aparece sempre bem vestido ou praticando musculação na academia. Ele também tem várias fotos ao lado de sua esposa, que também é medica.

Após o incidente, o casal registrou boletim de ocorrência na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, no bairro de Santo Amaro, mas não quis representar criminalmente contra ninguém. A pessoa ameaçada não registrou queixa, informou a Folha de Pernambuco.

Sede do MPPE em Santa Cruz do Capibaribe

Diz a versão que o médico perseguia Mariana constantemente, nas redes sociais e até de automóvel, e matriculou-se na Academia Corpo Livre para continuar o assédio, contando com a ausência esporádica de Tiago na academia, pelo trabalho em Santa Cruz do Capibaribe, no agreste, onde é lotado pelo Ministério Público de Pernambuco.

Segundo ainda a versão das pessoas próximas de familiares de Tiago, ele sabia do assédio e tentava evitar encontrar-se com o médico. Conclui a versão que o ex não imaginava que o atual, trabalhando no interior, fosse malhar na segunda-feira em companhia de Mariana. Deu-se, então, o encontro dos dois e o consequente rebuliço, com Tiago Gonzalez sacando o revólver contra o médico.

A investigação aberta sobre o episódio pela Corregedoria do Ministério Público de Pernambuco certamente irá apurar com quem está verdade: se houve realmente defesa de assédio ou se foi uma cena de ciúme por olhares supostamente cobiçados de outros malhadores da academia sobre Mariana. Resta saber como o Ministério Público irá julgar a necessidade do uso do revólver por Tiago Gonzalez, uma ameaça à vida que poderá resultar em alguma punição ou, ao contrário, em alguma decisão corporativista.

Fonte: Blog Ricardo Antunes

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