Juazeiro e a sujeira política
Da Redação
A cada eleição aumenta o numero de candidatos em todas as áreas. No caso de vereadores, os números são assustadores em todo o país, no caso especifico do sertão do São Francisco é notório que o cargo virou meio de vida para alguns espertinhos.
O que se vê são pessoas renovando os seus mandatos a cada eleição sem que o povo tenha algum beneficio sobre os serviços de fiscalização nas ações do executivo. Quando a maioria é a favor do gestor municipal as coisas andam ou desandam de uma só vez como ocorreu a quase 30 anos onde deixaram o município de Juazeiro no buraco, endividado, falido, com ruas e avenidas arrebentadas, recursos para pavimentação e saneamento roubados com empresas laranjas fazendo todo o esquema para devastar os cofres públicos.
Há quase três décadas o ex-prefeito de Petrolina, Augusto Coelho recebeu recursos do Banco Mundial para investir no município. Na época Juazeiro recebeu o mesmo valor, lá foi investido na orla, Vila Eduardo, Areia Branca, José e Maria, Cohab dentre outros. Em Juazeiro a grana sumiu. De lá pra cá Petrolina não para de crescer, superou Juazeiro em tudo.
Enquanto que os recursos são investidos em obras na princesinha pernambucana, o que se vê na cidade baiana é ex-prefeito foragido da justiça e acusado de ter desviado 14 milhões do saneamento do bairro Itaberaba, acusação de desvio de mais recursos do Governo Federal para outras áreas que podem chegar a mais de 80 milhões, segundo dados da Polícia Federal.
Hoje, Juazeiro está condenada por mais de 50 anos devido a outra divida com o Tesouro Nacional relacionada ao famigerado empréstimo de outro saneamento onde se acumula a divida de quase 150 milhões. Uma CPI foi criada na Câmara; não deu em nada. O empréstimo foi contraído na gestão do ex-prefeito Joseph Bandeira que executou apenas 14% das obras, o restante ficou para seu sucessor, Misael Aguilar. A monstruosidade que fizeram com o recurso deixou o município na situação em que se encontra hoje com a população sofrendo as consequências.
Em Petrolina o recurso para construir o aterro sanitário chegou e foi investido; o de Juazeiro chegou e foi desviado, na administração do ex-prefeito Joseph Bandeira. Em Petrolina chegou recursos para a pavimentação das estradas de acesso aos perímetros irrigados e foi investido; em Juazeiro ninguém viu nada. Até o asfaltamento da estrada do Salitre foi executado pela metade.
Diante das amarguras, nem os funcionários da prefeitura nem comércio escaparam. O funcionalismo passava mais de dois meses sem receber salário, ficando sem crédito na praça e com o nome no SERASA e SPC. No caso do comercio, a prefeitura além de não ter credito por comprar e não pagar, chegou a falir alguns estabelecimentos. Houve um caso onde um desses gestores comprou milhares de cestas básicas em um supermercado para fazer campanha de um determinado candidato e não pagou. O dono quase que fecha as portas, até hoje ele sofre com problemas de saúde.
O mais triste e deprimente foram às alterações de projetos urbanos para a construção de ruas e avenidas onde se estreitaram, reduziram o tamanho. Em Petrolina executaram de maneira transparente onde o transito flui naturalmente em vias largas, em Juazeiro tem avenida que um carro não pode cruzar com o outro porque corre o risco de chocar. Existe rua onde uma bicicleta não tem condições de entrar. A verba que chegou em Petrolina para o melhoramento das vias foi investido. Em Juazeiro desapareceu.
Com relação à reforma e ampliação da ponte Presidente Dutra, os políticos de Petrolina conseguiram fazer a sua parte. Já os de Juazeiro tentaram alterar o projeto para construir mais um símbolo com as iniciais de seu nome, como foi identificado pelos fiscais do DNITe CGU. Juazeiro mais uma vez foi penalizada e o projeto da ponte parou do lado de Juazeiro.
Outro fato lamentável está relacionado às duas orlas. Em Petrolina está se construindo a terceira, em Juazeiro acabaram com a primeira e estão enterrando a segunda. Um dos exemplos é o descaso na orla 2, com os casarões servindo de antro para usuários de drogas, prostitutas e bandidos. A área esportiva totalmente arrebentada, parece mais um cemitério. Vários turistas ficam assombrados quando se deparam com as atrocidades ocasionadas pelos ‘políticos’ da terra de João Gilberto.