Júri popular condena responsáveis por atentado contra trabalhadores rurais em Uauá

O Tribunal do Júri condenou na madrugada de ontem, 22, no município de Uauá, Antônio Herculano de Menezes e Gerson Calixto de Menezes a 13 anos e seis meses de reclusão por tentativa de homicídio qualificado e Manuel Lito Varjão da Silva a seis anos e nove meses de reclusão pelo mesmo crime. O réu Uilson Borges de França foi absolvido de todas as acusações. Os quatro foram julgados pelo atentado contra 11 trabalhadores rurais de Curaçá, em julho de 2002. A sentença proferida pelo juiz Fernando Antônio Sales de Abreu acatou parcialmente a denúncia oferecida pelo Ministério Público estadual e sustentada pelos promotores de Justiça Ernesto Cabral de Medeiros e Tiago Ávila de Souza.

julgamento

A denúncia oferecida à Justiça aponta que, no dia 14 de julho de 2002, por volta das 17h30, os condenados preparam uma emboscada contra os 11 trabalhadores, que retornavam de um evento em Uauá. Eles foram surpreendidos, na estrada que liga os municípios de Uauá e Curacá, por um atirador em uma motocicleta. Fingindo estar consertando o veículo, ele induziu o grupo a parar para prestar socorro e abriu fogo contra os trabalhadores. Quatro deles foram atingidos. A denúncia dá conta ainda de que o crime foi tramado quatro dias antes do atentado e teria sido motivado por uma disputa de terras envolvendo as vítimas e os criminosos. O julgamento, que resultou na condenação de três dos acusados, teve início às 9h da manhã de terça-feira e só foi concluído às 3h desta quarta-feira.

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