Justiça pode impedir vereador de disputar a presidência da Câmara

Edil estaria envolvido em um esquema de compra de votos

Por Redação

Vereador Marcos Lima
Vereador Marcos Lima – 
A corrida pela presidência da Câmara de Vereadores de Feira de Santana pode ganhar novos contornos com a ação judicial protocolada pelo advogado Hércules Oliveira, que visa impugnar a candidatura do vereador Marcos Lima (União Brasil). A ação popular foi apresentada com o argumento de que o edil estaria envolvido em um esquema de compra de votos para garantir a eleição como presidente da Casa Legislativa, conforme antecipado pelo Portal A TARDE.

Conforme a petição, há indícios de suborno envolvendo vereadores que inicialmente apoiavam outros candidatos, mas que mudaram de posição após supostos benefícios financeiros.

No processo, há como exemplo o vazamento de um comprovante de depósito bancário, atribuindo o favorecimento a um vereador que teria alterado seu voto em apoio a Marcos Lima.

O documento também menciona que o depósito teria sido realizado por meio da empresa Dias Auto Car Ltda., pertencente ao irmão de Marcos Lima. Este fato, segundo o advogado, caracteriza o uso do poder econômico para influenciar o resultado da eleição da mesa diretora, comprometendo a legitimidade do pleito.

Entre os pedidos apresentados, está a concessão de uma liminar que impeça a presidente da Câmara, vereadora Eremita Mota (PSDB) de aceitar a inscrição de Marcos Lima como candidato à presidência para o biênio 2025/2026. A justificativa é que a participação do vereador no processo eleitoral comprometeria os valores democráticos e a credibilidade da instituição.

De acordo com o texto da ação, “confirmada a suspeita conduta do vereador Marcos Lima, como denunciado pela imprensa e redes sociais, estaria ameaçando e minando os fundamentos da democracia”. O advogado sustenta que a compra de votos é uma prática que não apenas afronta as leis, mas também provoca danos irreparáveis à reputação da Casa Legislativa.

A disputa pela presidência da Câmara está marcada para o dia 1º de janeiro de 2025. A atual presidente da Casa também é citada na ação judicial, figurando no polo passivo da demanda. Segundo o advogado Hércules Oliveira, cabe a ela impedir a candidatura de Marcos Lima, exercendo sua função de zelar pela regularidade do processo eleitoral interno.

Caso a liminar seja concedida, Marcos Lima pode ficar impedido de disputar a eleição, o que impactaria diretamente o cenário político da Casa. Até o fechamento desta matéria, o vereador não havia se pronunciado sobre as acusações.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *