‘Justin Bieber’: Fãs brigam com parentes e até se cortam por amor ao cantor canadense

 
Luiza Souto

Basta ficar 10 minutos na fila quilométrica que se formou no entorno do Sambódromo, no Centro do Rio, para se ter uma ideia do que Justin Bieber provoca nas adolescentes — e faz os pais passarem. O cantor canadense se apresenta na Praça da Apoteose neste domingo, para um público capaz de absolutamente tudo por ele.

— Tentei escrever o nome dele no braço, com um compasso, mas começou a sangrar e doer, então parei — afirma, com naturalidade, a estudante Rúbia Marcella, de 14 anos, na fila desde as 7h30 — No outro show, o do Engenhão (2011), fiquei duas semanas acampada para ficar perto dele. Só não fiz o mesmo aqui porque minha mãe não deixou. Só quero que ele reconheça o nosso amor — continua a menina.

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Rúbia Marcella mostra cicatriz de corte que tentou fazer no braço com as iniciais de Justin Bieber Foto: Luiza Souto

— Não acho saudável. Ela podia gastar essa energia toda com outras coisas. Isso é sem-vergonhice — desabafa Renata, enquanto esperava para entrar.

Ser mãe é realmente padecer no paraíso. Com a filha portadora de Síndrome de Down, de dois anos, no colo, a moradora de Maricá, Região Metropolitana, teve que largar tudo em casa para levar a identidade da filha, que madrugou na fila:

— Ela foi dormir na casa da tia, em Jacarepaguá (Zona Oeste), para conseguir chegar aqui cedo, mas esqueceu a identidade e tive que vir correndo. Estou aqui embaixo desse sol, com minha filha pequena, que acabou de fazer uma cirurgia no coração, mas é um sacrifício que vale — relata Luciana Rodrigues, de 40 anos, enquanto a estudante Carolina Rodrigues, de 18, mostra a camisa com o nome de seu fã-clube.

— Como ainda não posso, fiz minha mãe tatuar “Believe”. Quando tiver 18, farei uma igual — explica a estudante. A mãe, a técnica em enfermagem Liliane Palmeira, de 34, apoia o fanatismo da menina: — O pai acha uma loucura, mas faria muito mais por ela.

As irmãs Gabrielle e Bheattriz Pontes, de 16 e 15 anos, eram só ansiedade e alegria na fila, mas nem sempre foi assim. Ciumenta, a mais velha chegou a brigar feio com a caçula e as duas ficaram sem se falar por causa de Justin.

— Não queria que ela tivesse o mesmo ídolo que eu. O Justin é só meu — pondera Gabrielle, que até na escola já levou bronca de tanto falar do cantor.

 

O administrador Fabio Passinho, de 36 anos, veio de Salvador só para trazer a filha, Louise, de 13 anos. Como a menina é uma boa aluna e não chega a fazer loucuras pelo cantor canadense, ele a apoia nessa aventura:

— Pai faz tudo pelo filho e tive que vir, participar disso. E ela é mais comedida também, então está tudo certo.

Fonte: Extra

 

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