Larva viva encontrada em cereal leva bancária a acionar Justiça

Especialistas orientam consumidor a registrar em foto ou vídeo caso encontre corpos estranhos em alimentos

Thiago Soares

mulher da larva
Emanuele resolveu entrar na Justiça e pedir uma indenização por danos morais
Depois de comprar uma barra de cereal, a bancária Emanuele Lamounier, 36 anos, passou por uma situação no mínimo desagradável. Logo na primeira mordida, percebeu um gosto esquisito e ficou desconfiada. Inicialmente, pensou se tratar de fios de cabelo, mas, ao abrir a caixa das barrinhas, notou uma larva viva. Assim, resolveu entrar na Justiça pedindo indenização por danos morais pelo fato. Especialistas alertam que a situação se caracteriza como um acidente de consumo, em que o defeito apresentado causa dano ou risco ao consumidor.
A preocupação foi ainda maior pelo fato de que na época Emanuele estava amamentando. O caso ocorreu em julho deste ano. “Fiquei com nojo e comecei a passar mal na hora. O meu medo era não poder amamentar meu filho, já que tinha consumido algo com um bicho”, lembra. A bancária procurou o fabricante do produto, mas não obteve resposta. A saída foi acionar os responsáveis juridicamente. “O fundamento da ação foi responsabilizar o fabricante, uma vez que a empresa se omitiu e nem sequer atendeu a reclamação”, explica a advogada do caso, Amanda Franzosi. O Tribunal de Justiça determinou em primeira instância ser favorável à reclamação de Emanuele.
Na Justiça, circulam outros processos referentes a objetos “estranhos” em alimentos, porém não há um levantamento geral dos casos por parte do órgão e também não são todos que judicializam o caso. A funcionária pública Andréa Vieira Costa, 39, também viveu uma situação semelhante, envolvendo uma cerveja long neck. No mês passado, ela comprou o produto em um supermercado da Asa Sul e, ao primeiro gole, percebeu um gosto incomum. Desconfiada, verificou o recipiente e encontrou um fungo. “Procurei a fabricante para reclamar da situação e não fui respondida. Não entrei na justiça, mas agora tenho receio de consumir qualquer tipo de bebida ou alimento. Depois disso, não consumo diretamente na garrafa”, conta.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *