“Lava jato” fortalece instituições brasileiras, dizem juízes e promotores

Juízes e promotores saíram em defesa da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (4/3). De acordo com entidades representativas dessas classes, a nova fase da operação “lava jato” está sendo conduzida de forma impessoal e contribuindo para o fortalecimento das instituições brasileiras.

Em nota, a Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj) afirmou que os juízes que atuam no caso “têm se conduzido com coragem, independência e correção nas decisões, sempre respeitando o direito de defesa”. E isso mesmo com a intensa pressão pública de investigados importantes, como políticos e empresários.

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As decisões desses magistrados têm se destacado pela solidez — tanto que poucas delas foram revertidas por tribunais superiores, argumenta a Amaerj. Por isso que os juízes — junto com membros do Ministério Público e da PF — “se tornaram símbolos positivos, para muito além do mundo do Direito, e têm recebido esse reconhecimento da imprensa e da sociedade”, diz a entidade.

A Amaerj ainda sustenta que uma Justiça forte contribui para a evolução da democracia e ressalta que, na “lava jato” e em outros casos, os juízes vêm fazendo sua parte para melhorar o país.

Nessa mesma linha, a Associação Paulista do Ministério Público (APMP) alegou que o trabalho dos agentes públicos na “lava jato” é exercido de forma impessoal e aperfeiçoa a democracia: “Nossa solidariedade se estende ainda aos juízes federais, delegados e agentes da Polícia Federal envolvidos na operação, que possibilitaram que, mais uma vez, nosso poder de investigação pudesse ser exercido de forma republicana e impessoal, trazendo à sociedade brasileira a certeza de que a maturidade e independência das instituições brasileiras garantem ao seu povo a plena democracia”.

Além disso, a entidade destacou seu trabalho, ao lado de outras entidades, para que o depoimento de Lula sobre o triplex em Guarujá (SP) ao MP-SP não fosse cancelado.

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