Lava Jato torceu por Witzel, que caiu por corrupção, e contra Dilma, política honesta

Diálogos obtidos por Walter Delgatti revelam que a operação torcia por políticos corruptos e contra políticos honestos

(Foto: ABr)

Os diálogos revelados por Walter Delgatti também trouxeram ao público uma faceta curiosa da operação. Os procuradores torciam para políticos que acabaram caindo por corrupção, como Wilson Witzel, e contra lideranças notoriamente honestas, como a ex-presidente Dilma Rousseff. “A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba comemorou a ida de Wilson Witzel para o segundo turno da eleição para governador do Rio de Janeiro”, aponta reportagem de Caio Junqueira, na CNN.

Diálogos do Telegram do grupo “Filhos de Januário”, formado por integrantes da força-tarefa, mostra um intenso debate entre os investigadores no dia 7 de outubro de 2018, data do primeiro turno da eleição de 2018.

Às 18h57, o então coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, diz: “Requião e Beto fora. Tamo comemorando aqui. Comedido kkkk. Acho q pra fora temos q ser mto cuidadosos. Mas a gente tem que fazer uma janta de comemoração”, disse sobre a derrota de Roberto Requião (MDB) e Beto Richa (PSDB) para o Senado.

Mais de uma hora depois, às 19h59, ele fala: “Vamos relacionar as notícias boas. 1. Beto Richa fora 2. Requião fora 3. Delcidio fora 4. Filhos de Cabral e Cunha fora 5. Witzel indo pro 2º no RJ 6. Lindbergh fora 7. Dilma fora 8. Pimentel fora 9. Graziotin fora”.

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