Leonelli nega ter havido insatisfação no governo Wagner

Em campos afastados na conjuntura pré-eleitoral, lideranças petistas e socialistas, antes aliados, iniciaram o clima de divergências, motivadas pelos projetos de candidaturas ao governo.  Braço direito da senadora Lídice da Mata, candidata ao Palácio de Ondina, o ex-secretário de Turismo, Domingos Leonelli, rebateu as declarações do secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT), candidato à sucessão do governador Jaques Wagner (PT), em relação ao afastamento do PSB da gestão do estado.

“Nunca houve abandono de projeto, nem tampouco insatisfação com o governo. Tanto é que eu deixei a administração em clima de harmonia com o governador e minha gestão foi profícua, questão falada por todo o trade turístico. Os compromissos que tínhamos todos foram cumpridos sob a liderança do governador, mas ao final do governo é um direito natural dos partidos aspirarem o poder”, disse.

Em entrevista a Tribuna, Rui criticou a saída do PSB. “Ouvi muitos questionamentos sobre a nossa ida às cidades do interior para pedir apoio para eleger a senadora, que fazia parte do mesmo projeto, e agora nos abandona sem uma razão especifica”, disparou o petista. Leonelli classificou como “estranha a linguagem” do ex-aliado. “Lamento essa declaração do secretário que respeito muito, pois, depois que cumprimos as nossas obrigações nos afastamos de forma gentil”.

leonelli

Como resposta, o ex-secretário lembrou que o processo de discussão sobre as eleições foi iniciado pelo PT. “Houve uma antecipação da campanha, o que foi um grave erro político e isso por imposição dos partidos do governo, que geralmente eram os últimos a se manifestarem, mas agora foram os primeiros, obrigando praticamente todos os outros a se movimentarem”.

Leonelli foi mais além, ao dizer que a candidatura de Lídice “independia” do projeto nacional do governador de Pernambuco e candidato à Presidência, Eduardo Campos, presidente nacional da sigla. “Era um direito do PSB da Bahia lutar pelo poder”. O socialista demonstrou indiferença com a declaração de que muitos prefeitos do PSB estarão ao lado do petista na eleição. “É claro que o secretário tem muito mais argumentos para atrair os prefeitos. Mas, vamos ver”. (Lilian Machado/Tribuna)

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