Líder de Lula diz que ‘tese de incorporar’ PP e Republicanos ao governo está ‘consolidada’

O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que “está consolidada” a “tese de incorporar” o PP e o Republicanos ao governo Lula. As duas siglas fazem parte do Centrão, grupo de partidos que historicamente trocam apoio aos governos por cargos e verbas do orçamento federal. As informações são do portal G1.

Segundo o líder, os dois partidos entrarão no governo “a qualquer momento”, porém o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não decidiu quais pastas serão oferecidas. “A tese de incorporar esses partidos no governo já está consolidada. Igualmente esses nomes que surgiram na imprensa por indicações dos partidos. Essas forças políticas irão para o governo”, disse Guimarães.

O líder se referiu aos deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), que nesta terça tiveram reuniões separadas no Planalto com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo junto ao Congresso.

Guimarães afirmou que Lula dará a “linha” de possíveis mudanças na Esplanada após retornar de viagem à Bélgica, onde participa da cúpula de países da União Europeia e América Latina e Caribe. Lula tem previsão de voltar na noite desta quarta-feira (19) a Brasília. “O presidente não bateu o martelo, não deliberou nada, qual tamanho, para onde, nada”, disse.

Guimarães também elogiou Costa Filho que, segundo ele, esteve ao lado de Lula desde as eleições do ano passado, apesar de o Republicanos ter apoiado o então presidente Jair Bolsonaro.

“Silvio sempre foi um parlamentar que apoiou Lula, desde primeiro e segundo turno. É um parceiro permanente do governo. Portanto, ele vindo para o ministério, qualquer que seja o ministério, eu acho que é uma boa para o governo”, disse Guimarães.

Atualmente, o PP tem 49 deputados, enquanto o Republicanos reúne 41. O PP é o partido do presidente da Câmara, Arthur Lira. Com a possível nomeação de políticos destes partidos, Lula tenta ampliar sua base de apoio nas votações no Congresso.

A mudança segue a linha da troca no ministério do Turismo, na qual Lula demitiu Daniela Carneiro e nomeou Celso Sabino a fim de seguir indicação do União Brasil.

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