Líder do governo na Câmara defende agenda positiva para segundo semestre
O líder adiantou que, entre as medidas a serem adotadas pelo governo, está o lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida III, visando aquecer a indústria da construção civil e a geração de empregos.
Guimarães disse ainda que o governo também vai atuar no debate das medidas provisórias e de outras proposições que estão na pauta da Câmara, entre elas a que trata do reajuste do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e da prorrogação do dispositivo que permite ao governo usar livremente até 20% das receitas arrecadadas, chamado de Desvinculação das Receitas da União (DRU). “Vamos discutir futuro, vamos discutir a questão das medidas provisórias, que estão aí para serem votadas, a do salário-mínimo, fator previdenciário, dos aposentados, FGTS”, afirmou.
A intenção é superar o clima de crise política após o anúncio do rompimento político do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o governo, na última sexta-feira (17). O líder defendeu que este é o momento de estender a “bandeira da paz”. “Nós vamos começar o segundo semestre estendendo a bandeira da paz. Nesses momentos de tensão sempre é bom estender a bandeira branca, e vamos estender a bandeira branca mais uma vez para o Congresso. Aliás, essa bandeira branca foi o que estabeleceu as vitórias que nós alcançamos aqui”.
Ao comentar as novas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), criadas na última sexta-feira para investigar empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), concedidos a empreiteiras investigadas na Operação Lava jato, e supostas irregularidades nos fundos de pensão de empresas estatais, Guimarães disse que o governo não tem medo das investigações, mas que vai atuar para que as comissões não sejam palco de disputa político-eleitoral. “CPI, quando é usada politicamente para um fim para o qual não foi criada, é um problema, mas acredito que vamos contornar bem, vamos dialogar com a base, e constituir as CPIs que já foram aprovadas. Não tem que ter crise sobre isso”, defendeu.