Lídice da Mata diz que vai lutar para ser a candidata de Jaques Wagner em 2014

Lídice da Mata
Lídice da Mata

Além do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (PDT), que atua para convencer o governador Jaques Wagner (PT) e o PT de que ele deve liderar a chapa majoritária na corrida ao Palácio de Ondina em 2014 e tem a chancela do PDT, que busca a qualquer custo espaço na composição, a senadora Lídice da Mata também aguarda com expectativa um cenário a seu favor. Por enquanto está certo que a líder socialista deve reforçar o palanque do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), na briga pelo Palácio do Planalto.

A senadora prefere manter acesa a esperança de que seu parceiro político histórico Wagner possa reconhecer uma perspectiva favorável ao seu nome para o governo. “Até a última hora vou continuar lutando para ser a candidata do governador”, ressaltou em conversa com a reportagem da Tribuna ontem.

Lídice negou, entretanto, que já esteja em movimento de articulação para definição de sua chapa. Foi especulado que ela já estaria tentando atrair lideranças para esse embate. Em nível nacional, Campos atua no sentido de seduzir partidos para um possível segundo turno. É certo que o presidente nacional do PSB estaria convencendo siglas nanicas a lançarem candidaturas próprias com o intuito de assegurar apoios na segunda etapa da eleição. “Não sou afobada para isso”, disse Lídice, sinalizando que está trabalhando com tranquilidade para se firmar na disputa ao governo da Bahia.

Com potencial de aceitação entre o eleitorado, sendo bem votada em 2010, Lídice se entusiasma, mas acautela-se. “Primeiro que não farei nada antes que o governador defina o candidato”, afirmou. A espera é pela decisão de Wagner, que já trabalharia conforme observadores atentos da cena política, com o nome do secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT).

Essa semana, o chefe do Executivo estadual fez questão de promovê-lo na cerimônia de assinatura do contrato do metrô, diante da presidente Dilma Rousseff (PT) e demais aliados, entre eles, outro pré-candidato ao Estado, o secretário de Planejamento, José Sérgio Gabrielli (PT), que mesmo em meio à suposta dificuldade na Governadoria ainda se movimenta.

Nesse contexto, o líder do PP baiano, deputado federal Mário Negromonte, confirmou essa semana que a chapa estaria já formada pelo PT, PP e PSD, o que não foi negado até então pelos interlocutores do governador.

PSB ainda mantém cargos

Quase um mês depois de romper com o governo Dilma Rousseff e anunciar a devolução dos cargos de confiança, o PSB ainda mantém postos estratégicos na administração federal, com alto potencial eleitoral e reponsáveis pela gestão de milhões de reais. Entre eles está o presidente da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), João Bosco de Almeida.

A assessoria dele informou que nenhuma carta de demissão foi entregue ao governo e que sua intenção é ficar à frente da estatal até ser notificado de que deve sair.

Ocupante de cargos nos conselhos de administração BNDES, Roberto Amaral informou que já pediu para sair dos dois postos. Marcelo Dourado, presidente da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), também afirmou ter pedido demissão. Indicado por Campos, o coronel Humberto Vianna, secretário Nacional de Defesa Civil, também disse que já pediu para deixar o cargo. Jenner Guimarães do Rego, secretário de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais do Ministério da Integração, afirmou por intermédio de sua assessoria que é funcionário de carreira do Banco do Nordeste e que não é filiado a nenhum partido. Portanto, vai ficar no governo.

O diretor da Codevasf, José, conforme sua assessoria não entregou nenhuma carta de demissão. Emanuel Lima, superintendente da Codevasf em Juazeiro (BA), indicado pela senadora Lídice da Mata, não foi encontrado.

Fonte: Tribuna

 

 

 
 

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