Língua solta de Lula já supera a de Ciro Gomes

 

Lula não tem mais um Zé Dirceu nem um Palocci ao seu lado para orientá-lo dentro do PT

Lula ficou desorientado quando o TRF da 4ª Região pautou o julgamento do seu recurso para o último dia 24. Ele recorreu àquela Corte contra sentença do juiz Sérgio Moro, que o condenou a 9 anos e 6 meses de prisão por corrupção ativa e ocultação de patrimônio. E não parou mais de dizer bobagens. Disse inicialmente que o alvo da Justiça não era ele, e sim o governo que fez em favor dos mais pobres, dando-lhes condições de comprar “coxa e sobrecoxa” de galinha, e não mais “pé e pescoço”. Declarou depois que estava “lascado” porque quase diariamente aparecia um processo contra ele. Adiante, que não queria que o juiz Moro o absolvesse, e sim que lhe pedisse “desculpas” por ter condenado um inocente.

Em seguida, que estava “absolutamente tranquilo” quanto ao julgamento do recurso, por não acreditar que os três desembargadores da 8ª turma do TRF-4 iriam condená-lo “sem provas”. Por fim, como não tem mais um Zé Dirceu, um Antônio Palocci ou um Márcio Thomaz Bastos ao seu lado, para aconselhá-lo a interromper a sessão de asneiras, fechou com chave de ouro essa fase negra de sua vida pública, ao se comparar a Nélson Mandela, que amargou 27 de cadeia na África do Sul, mas por combater o “apartheid” e não pela prática de corrupção. O ex-presidente prestaria notável serviço ao PT, à democracia e ao país se acatasse, respeitosamente, a decisão da Justiça, sem prejuízo de ajuizar os recursos que a lei lhe faculta para tentar reverter a decisão da segunda instância.

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