Lobo trai seu pré-candidato a prefeito
Da Redação
Caiu como uma afronta a noticias de que partidários do prefeito de Uauá, Bahia, Jorge Lobo (PRTB) terem saído às ruas para comemorar a posição do Tribunal de Contas da Bahia (TCM) que decidiu não acatar o pedido de reconsideração das contas de 2010 do presidente da Câmara de Vereadores, João Alves (PSD), que foram rejeitadas. Diante da decisão do TCM, caiu por água abaixo a idéia de Alves concorrer a eleição de prefeito em outubro devido a Lei Ficha Limpa.
O Jornal Ação Popular publicou matéria no dia 3 de março deste mês, onde o advogado Pedro Peixinho alertava o vereador e seus partidários sobre uma possível traição. “Eu não acredito no apoio do Lobo a João Alves para prefeito. Ele está sendo enganado assim como muitas pessoas foram ao longo desse tempo. Hoje (na época), o prefeito diz que ele é seu pré-candidato a prefeito com o objetivo de aprovar suas contas na câmara, depois disso todos saberão o que vai acontecer”, alertou. Por outro lado, o pedido de reconsideração da prefeitura foi acatado pelo TCM – referente às contas de 2010 – Lobo fez questão de comemorar, ficando livre para tomar qualquer decisão política quanto a questão de apoio.
O que o advogado presumiu terminou acontecendo na ultima sexta-feira: o TCM negou o pedido de reconsideração e na mesma da hora o prefeito concedeu entrevista ao Blog Geraldo José informando sobre a sua nova tática: “Até o dia 15 de abril a gente quer estar com a chapa definida. Vamos consultar os ‘amigos’, entre eles, alguns nomes que já foram postos como Zé Borges, ex-prefeito, Deusidete e Emerson. No final, o grupo é que vai decidir o melhor para Uauá”.
Um dos partidários de Alves entrou em contato na tarde do domingo com a nossa redação e fez o seguinte desabafo: “Eu sabia que o prefeito era capaz de tudo, mas não de fazer essa sujeira. Ele nos usou até o ultimo minuto, estava aguardando um simples motivo para retirar o seu apoio e nos deixar só. Aqui em Uauá existem duas classes sociais: a que mora na “Casa Grande’ e a vive eternamente na ‘Senzala’. A família da Casa Grande jamais iria aceitar que nós da senzala chegasse ao poder, ao longo de décadas, essa família só foi afastada do poder quando Pedro Ribeiro foi eleito. Ainda hoje, essa família jamais vai aceitar que alguém de uma família pobre e decente possa assumir os destinos de nosso município, para eles o nome de nosso candidato estava sendo uma verdadeira afronta”, concluiu, desabafou o funcionário público que evitou se identificar temendo perseguições.