Lula anuncia crédito para vítimas do apagão em São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta quinta-feira (18), a criação de uma linha de crédito especial para as pessoas afetadas pelo apagão de energia na Grande São Paulo. A medida visa auxiliar na recuperação dos prejuízos causados pela falta de eletricidade, iniciada em 11 de outubro após uma tempestade. A informação foi divulgada pela Agência Brasil, em reportagem de Andreia Verdélio, durante um evento na capital paulista.

Mais de 3 milhões de clientes foram afetados pelo apagão, e cerca de 36 mil consumidores da Enel, concessionária responsável pelo fornecimento de energia, permaneceram sem eletricidade até a quinta-feira anterior ao anúncio.

Lula destacou a importância de solucionar o problema, independentemente de suas causas. “Eu pedi para o [ministro da Fazenda, Fernando] Haddad e para a Casa Civil trabalharem, porque nós vamos fazer para a cidade de São Paulo o mesmo que fizemos para o Rio Grande do Sul [afetado por enchentes em maio deste ano]. As pessoas que tiveram prejuízos por conta do apagão, as pessoas que perderam geladeira, as pessoas que perderam, inclusive, a sua comida que estava na geladeira, o pequeno comerciante que perdeu alguma coisa, nós vamos estabelecer uma linha de crédito para que as pessoas possam se recuperar e viver muito bem”, afirmou o presidente.

Especialistas apontam a falência do modelo de privatização do setor elétrico e a falta de planejamento da Enel e da Prefeitura de São Paulo como causas da demora na restauração do fornecimento de energia. A infraestrutura danificada incluiu 17 linhas de alta tensão, 11 subestações, 221 circuitos de média tensão, 105 transformadores, 251 postes e 1.492 ocorrências relacionadas à vegetação.

A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) solicitou ao governo estadual a prorrogação do prazo para o pagamento de impostos de cerca de 250 mil estabelecimentos impactados. Os prejuízos para o setor, nos primeiros quatro dias do apagão, foram estimados em aproximadamente R$ 150 milhões, afetando principalmente micro e pequenos empresários.

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