Mãe Bernadete: Suspeitos de matar líder quilombola são identificados

SSP afirma que investigação sobre o caso está avançada

Da Redação

Líderes de movimentos religiosos e sociais cobram celeridade nas investigações do caso Mãe Bernadete
Líderes de movimentos religiosos e sociais cobram celeridade nas investigações do caso Mãe Bernadete – 

Os suspeitos pela morte da ialorixá Bernadete Pacífico, a Mãe Bernadete, no Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho (RMS), foram identificados. Ela foi morta a tiros quando estava dentro da sua residência, no último dia 17. A informação foi divulgada nesta quinta-feira, 31, pelo atual titular da Segurança Pública da Bahia, Marcel Oliveira.

“Eu posso garantir que a investigação está bem adiantada, com autorias definidas e com prováveis motivações conhecidas. No entanto, a investigação tramita em sigilo, mas pode ter certeza que a família vai ter o resultado que ela precisa e merece receber em pouco tempo”, disse, em declaração ao G1.

Medo

A família de Mãe Bernadete deixou a comunidade no último dia 22, após a necessidade de proteção do Estado. Ao Portal A TARDE, o advogado da família, David Mendez, conta que também precisou entrar com um pedido de medida protetiva, diante de ameaças e perseguições.

“Sofri duas perseguições de carro, uma ontem, na BA-524, no início da noite, quando regressava da sede da Associação Muzanzu [local da execução de Mãe Bernadete] em direção à OAB-BA, para uma reunião com a presidente cujo tema era justamente a nossa segurança [enquanto advogados]. Além da garantia do exercício das nossas prerrogativas. Tivemos que botar quase 200km por hora, um pânico generalizado dentro do carro. Enfim, quando nos aproximamos do posto da polícia rodoviária estadual, eles [os perseguidores] sumiram do retrovisor”, conta o advogado.

No último dia 22, Mendez ainda relata que encontrou uma quantidade “considerável” de sangue na porta da sua casa, que acredita ser de uma galinha ou outro animal. Diante da situação, ele considera deixar o estado.

“Pensamos em Brasília. Precisamos [advogados de defesa], para além de nos protegermos, furar a bolha do estado”, concluiu.

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