Jeanne Johnson, mãe da americana Aimee Betro, fez um apelo para que a filha se entregue para as autoridades numa tentativa de localizá-la, mas disse à imprensa local nesta segunda-feira que a Aimee “sabe se esconder”. A assassina de aluguel de 44 anos está foragida e sendo procurada por uma força-tarefa internacional após ser condenada por um tribunal de Birmingham (Inglaterra) no início deste mês. Sua mãe, que vive em Stevens Point (Wisconsin – EUA), disse que caso a filha apareça na sua casa, ela irá chamar a polícia.
A condenação se deve a uma tentativa de assassinato, para o qual Aimee foi contratada, via deep web, por Mohammed Aslam, de 56 anos, e o seu filho, Mohammed Nazir, de 30. Ela deveria matar Sikander Ali, dono de uma loja de roupas e que era rival dos contratantes.
— Se ela vier aqui, eu não vou deixar ela entrar. Vou chamar a polícia. Ela precisa parar de fugir. Ela precisa pagar agora — afirmou a mãe, Jeanne Johnson, em entrevista ao “Daily Mail”.
Aimee, originária de Stevens Point (Wisconsin, EUA), usando como disfarce um hijab (tradicional véu islâmico), tentou atingir o seu alvo ao encontrá-lo numa rua em setembro de 2019, de acordo com o “Telegraph”.
A americana saiu de uma Mercedes num subúrbio de Birmingham (Inglaterra) e apontou a arma para a vítima enquanto ela chegava em sua casa num Audi – mas a arma travou, disse o promotor do caso Kevin Hegarty.
“Ela caminhou com bastante calma na direção a Sikander Ali e apontou uma arma para ele na altura da cabeça”, disse Hegarty ao tribunal. “Ela puxou o gatilho para disparar a arma contra ele. Felizmente, a arma travou”, acrescentou o promotor. Sikander rapidamente engatou a marcha a ré no carro e conseguiu escapar.
Na manhã seguinte, Aimee voltou ao endereço, contou a Promotoria. Ela desceu de um táxi e disparou três tiros em direção à casa, sem ferir ninguém.
“Onde você está se escondendo? Pare de brincar de esconde-esconde!”, gritou a americana, segundo a acusação.
Dois dias depois, sem cumprir o contrato, Aimee regressou aos EUA. Após investigação, a americano foi julgada à revelia e condenada na Inglaterra.