Mais casas que apartamentos e mais imóveis próprios do que alugados: veja números do IBGE
Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua)..
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Divulgados nesta sexta (20), dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o número de domicílios particulares permanentes em Pernambuco cresceu 6,7%, entre 2023 e 222. Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).
O IBGE também mostrou dados sobre casa própria ou alugada, tipo de edificação e perfil de moradores.
Além das características dos domicílios, a PNAD Contínua investiga, regularmente, informações sobre sexo, idade e cor ou raça dos moradores, as quais não somente auxiliam o entendimento e a caracterização do mercado de trabalho. Números gerais Segundo o o IBGE, em 2023, o número de domicílios particulares permanentes em Pernambuco foi estimado em 3.519 milhões. Isso significa um número 6,7% maior que em 2022 e 15,8% maior que em 2016.
Classificação
Ao classificar os domicílios particulares permanentes em casa, apartamento ou habitação em casa de cômodos, cortiço ou cabeça de porco, o IBGE mostra o predomínio de casas. Elas corresponderam a 90,4% (3,183 milhões) do total de unidades domiciliares; os apartamentos totalizavam 9,5% (334 mil). No entanto, de 2016 para 2023, o número de apartamentos cresceu 8,79%, enquanto o de casas cresceu 16,6%, contribuindo para o aumento no percentual de casas e diminuição no percentual de apartamentos.
Próprio ou alugado
Os domicílios particulares permanentes do Estado estavam distribuídos assim: 68,4% (2,406 milhões) eram próprios já pagos; 1,8% (63 mil), próprios ainda pagando; 21,3% (749 mil), alugados; 8,5% (300 mil), cedidos; Outra condição, como, por exemplo, os casos de invasão, totalizavam 0,1% (2 mil). De 2016 para 2023, observou-se uma contínua redução do percentual de domicílios próprios já pagos, que variaram de 72,7%, em 2016, para 68,4%, em 2023. Durante esse período, o percentual de domicílios alugados aumentou de 17,2%, em 2016, para 21,3%, em 2023. O número de domicílios alugados passou 522 mil, em 2016, para 749 mil domicílios em 2023, ou seja, 227 mil a mais.
Estrutura
Material predominante nas paredes
Em 2023, dos 3,519 milhões de domicílios pernambucanos, em 3,300 milhões ou 93,8% deles, as paredes externas eram construídas de alvenaria/ taipa com revestimento.
Material predominante no piso
Em relação ao material predominante no piso, 73,0% (2,568 milhões) dos domicílios utilizavam o piso de cerâmica, lajota ou pedra. Em 26,7% (940 mil), predominava o piso de cimento, enquanto a madeira apropriada para construção era o material preponderante em 0,1% (4 mil). Outro material, incluindo madeira aproveitada de embalagens, tapumes ou andaimes, foi utilizado em 0,2% (7 mil) dos domicílios.
Material predominante no telhado
Em 2023, 63,8% (2,24 milhões) dos domicílios possuíam telha sem laje de concreto como material predominante na cobertura; 18,6% (656 mil), telha com laje de concreto; 17,0% (597 mil), somente laje de concreto; e 0,6% (21 mil) utilizavam outro tipo de material.
Serviços
Abastecimento de água
Dos 3,519 milhões de domicílios estimados pela PNAD Contínua em 2023, os domicílios com acesso à rede geral de abastecimento de água correspondiam a 78,7% (2,771 milhões) do total de unidades domiciliares em Pernambuco.
Presença de banheiro e esgotamento sanitário
Em 2023, 96,1% dos domicílios pernambucanos possuíam banheiro de uso exclusivo, e, em 65,1%, o escoamento do esgoto era feito pela rede geral ou fossa séptica ligada à rede geral. A fossa séptica não ligada à rede geral alcançou 14,7% dos domicílios de Pernambuco. Outro tipo de esgotamento sanitário foi estimado em 20,03% das unidades domiciliares, indicando que aproximadamente 708 mil domicílios em Pernambuco tinham como destino dos dejetos provenientes do banheiro ou sanitário a fossa rudimentar, a vala o rio, o lago ou o mar, entre outras formas de escoadouro.
Lixo
O destino do lixo dos domicílios em Pernambuco é feito, principalmente, por meio de coleta direta por serviço de limpeza. Os dados da PNAD Contínua mostram que essa modalidade, além de ser a principal, vem aumentando gradativamente: de 76,6%, em 2016, para 80,5%, em 2023.
Energia elétrica
Em 2023, o acesso à energia elétrica nos domicílios atingiu a cobertura de 99,9% das unidades dispondo desse serviço, seja fornecida pela rede geral, seja por fonte alternativa. Em 99,6% do total de domicílios (3,506 milhões), a energia elétrica era proveniente da rede geral.
Bens
A PNAD Contínua também investigou a existência de alguns bens nos domicílios, tais como geladeira, máquina de lavar roupa, automóvel e motocicleta. Em Pernambuco 97,0% dos domicílios possuíam geladeira em 2023. Com cobertura bem abaixo, a máquina de lavar roupa mostrou-se presente em 42,3% dos domicílios pernambucanos. Em Pernambuco, 26,3% dos domicílios possuíam automóvel; 21,3%, motocicleta; e 6,5%, ambos.
Perfil de moradores
Sexo e grupos de idade
A distribuição da população residente em Pernambuco por grupos etários mostra uma tendência de envelhecimento da população. Em 2012, a população com menos de 30 anos de idade era 52,2%, passando para 44,7%, em 2023. As mulheres correspondiam a 51,09% da população do País, em 2023, enquanto os homens totalizavam 48,01%.
Cor ou raça
As informações geradas pela PNAD Contínua mostram que, a população que se declarava de cor ou raça branca apresentou um percentual de 42,4% em Pernambuco em 2023; preta 10,6% e parda 45,9%.
Unidade doméstica composta
De acordo com os resultados da PNAD Contínua, entre as unidades domésticas, o arranjo domiciliar mais frequente em Pernambuco era o nuclear, cuja estrutura consiste em um único núcleo formado pelo casal, com ou sem filhos (inclusive adotivos e de criação) ou enteados. São também nucleares as unidades domésticas compostas por mãe com filhos ou pai com filhos, as chamadas monoparentais. Em 2023, as unidades domésticas com arranjo nuclear corresponderam a 65,7% do total, percentual esse inferior ao verificado em 2012 (67,3%).
Em Pernambuco, no ano de 2023, 17,9% das unidades domésticas eram unipessoais, ou seja, compostas apenas por um morador, o que configura um crescimento de 7,1 p.p. em relação a 2012, quando representavam 10,8%. Entre as demais formas de arranjo domiciliar, a unidade estendida, constituída pela pessoa responsável com pelo menos um parente, formando uma família que não se enquadra em um dos tipos descritos como nuclear, correspondia a 15,3% em 2023, o que representa uma redução de 5.1 p.p. em relação a 2012. As unidades domésticas compostas, ou seja, aquelas constituídas pela pessoa responsável, com ou sem parente(s), e com pelo menos uma pessoa sem parentesco, podendo ser agregado(a), pensionista, convivente, empregado(a) doméstico(a) ou parente do empregado(a) doméstico(a), representavam 1,1% do total de domicílios ocupados.