Mais um secretário censurado  

Opinião

Um dos maiores entraves que os auxiliares do primeiro escalão têm com a governadora Raquel Lyra (PSDB) está na forma dela se comunicar com a sua equipe. A ex-secretária de Defesa, Carla Patrícia, dizem as paredes do Palácio das Princesas, largou a pasta porque a chefona não tinha tempo para discutir as diretrizes do plano de segurança pública.

Executivo gabaritado, Evandro Avelar, que atuou com êxito no Governo João Lyra Neto, pai da governadora, não conseguiu ficar três meses no cargo de secretário de Infraestrutura, em razão de ter sido ignorado o tempo todo, enquanto assistia o diretor do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), órgão vinculado à sua pasta, ser tratado de forma diferenciada pela tucana.

Já o ex-secretário de Agricultura, Aloisio Ferraz, também teve uma passagem efêmera pelo Governo, porque nunca conseguiu nomear sequer um contínuo, nem muito menos ser recebido para um despacho protocolar. E os exemplos se sucedem em várias áreas. O mais recente caso de fritura é o do secretário de Educação, Alexandre Schneider, importado de São Paulo.

Conforme o blog apurou em postagem da repórter Larissa Rodrigues, Schneider foi vítima de uma censura explícita e vergonhosa por parte da governadora. Na ânsia de agradar candidatos aprovados em concurso para professor no Estado, gravou um vídeo informando sobre a nomeação de 4,6 mil novos profissionais da área.

Mas, em seguida, a sua fala, estranhamente, sumiu das redes sociais. O que se comenta nos bastidores é que o paulista importado levou um tremendo puxão de orelha da governadora, porque jamais poderia ter anunciado a boa nova antes dela, que concentra em suas mãos, pelo Instagram, toda a comunicação do Governo, papel que caberia, neste caso, ao titular da pasta, que, como os demais, não tem autonomia sequer para informar uma boa nova da sua área.

É por essas e outras que o secretariado de Raquel, em geral, sem nenhuma exceção, morre de medo da cara feia dela, do seu estilo extremamente concentrador.

Por: Magno Martins

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