Major do Corpo de Bombeiros é condenado por homicídio
O major do Corpo de Bombeiros de Pernambuco, Leonardo José Lima Martins, de 42 anos, foi condenado na noite desta quarta-feira (11) a 32 anos de prisão por homicídio e tentativa de homicídio. O júri popular aconteceu na Primeira Vara Criminal de Paulista, Região Metropolitana do Recife. O militar é acusado pelo assassinato da namorada, a estudante Shirlene Miller dos Santos, 17 anos, que estava grávida. O crime foi em 2003 e a jovem foi encontada morta no município de Paulista. Ele tem cinco dias para recorrer da decisão.
O Ministério Público denunciou o oficial em outubro de 2003. Shirlene teria exigido um exame de DNA para provar que Leonardo Lima era o pai de sua filha, o que poderia ter motivado o crime. De acordo com as investigações da Polícia Civil, o bombeiro deu três tiros na cabeça da adolescente e ocultou o corpo na Mata do Ronca. Em seguida raptou o bebê, supostamente filha dele, e tentou matá-la jogando a criança numa vala de 50 metros da BR-101, na divisa dos Estados de Pernambuco e Paraíba.
Preso em março de 2005, o major Leonardo Lima, que foi promovido de capitão à major na época do caso, cumpriu um ano e teve a prisão revogada para responder o processo em liberdade. Mesmo sendo condenado a 32 de prisão continua em liberdade e tem cinco dias para recorrer da decisão. Se não apresentar recurso nesse período vai ser encaminhado para o Sistema Penitenciário, onde deve cumprir pena. Um processo de exclusão do Corpo de Bombeiros está sendo conduzido pela Corregedoria da Secretaria de Defesa Social e o major deve ser expulso. Desde o início do processo ele foi afastado e não pode usar a farda.
INVESTIGAÇÕES- Shirlene foi vista pela última vez no dia 21 de outubro, quando estava acompanhada do oficial em frente a uma loja, na Boa Vista. No dia seguinte, ela foi encontrada morta. De acordo com a delegada, há depoimento de pessoas que viram a vítima acompanhada do capitão. A responsável pelo inquérito foi a delegada Eliane Caldas, que na época fazia parte da Delegacia de POlícia da Criança e do Adolescente (DPCA).
Fonte: Ne10