Menos de três mil pessoas participaram no Recife, nesta sexta-feira (28), do protesto organizado pelas centrais sindicais e movimentos sociais contra as reformas trabalhista e da previdência que o presidente Michel Temer propôs ao Congresso.
A convocação foi exitosa por um lado – o Recife praticamente parou porque não funcionaram ônibus e nem metrô, as repartições públicas só parcialmente e os colégios privados suspenderam suas aulas – mas por outro foi um fracasso porque a passeata que partiu da Praça do Derby em direção à Pracinha do Diário, no meio da tarde, foi um fiasco.
Via-se perfeitamente os claros na Avenida Conde da Boa Vista, que é o maior corredor de ônibus da capital pernambucana.
Do ponto de vista nacional, entretanto, as duas maiores centrais sindicais do país – CUT e Força Sindical – avaliaram que o movimento foi vitorioso porque teve a adesão de trabalhadores das 27 capitais.
Já o ministro da Justiça, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), disse que o movimento foi um “fracasso” porque reuniu muito menos gente do que as centrais sindicais esperavam.
“Nós tínhamos a expectativa de uma manifestação muito expressiva e isso não aconteceu”, disse o ministro à Agência Brasil.
Segundo ele, a baixa adesão ao movimento terá um efeito inverso no Congresso Nacional, ou seja, fará com que parlamentares indecisos votem pela aprovação das duas reformas.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a paralisação de hoje (28) foi “a maior greve já realizada no país”, enquanto o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), avaliou que 40 milhões de trabalhadores cruzaram os braços em sinal de protesto contra as reformas.