A polícia informou que 26 mil pessoas protestaram em Paris, mas a esquerda afirma que o número de participantes foi maior.
Cinco pessoas foram detidas por porte de armas proibidas, lançamento de projéteis e danos durante a manifestação, da Praça da Bastilha até a Praça da Nação, segundo a polícia.
O partido de esquerda A França Insubmissa (LFI) mencionou a presença de 160 mil manifestantes na capital.
Os protestos ocorreram em Paris e em outras cidades, incluindo Nantes, no oeste, Nice e Marselha, no sul, e Estrasburgo, no leste.
Na quinta-feira, Macron nomeou Barnier, um ex-chanceler de 73 anos que atuou como negociador do Brexit para a União Europeia, como primeiro-ministro em uma tentativa de avançar após as eleições antecipadas de julho, nas quais sua aliança centrista perdeu a maioria relativa no Parlamento.
Barnier disse na noite de sexta-feira que está disposto a nomear ministros de todas as tendências políticas, incluindo “pessoas de esquerda”.
Mas a Nova Frente Popular (NFP), a coalizão de esquerda que emergiu como a maior força da França após as eleições, embora sem assentos suficientes para uma maioria absoluta, recebeu a nomeação de Barnier com irritação.
No sábado, muitos manifestantes dirigiram sua raiva a Macron e alguns até pediram sua renúncia.
“A Quinta República está entrando em colapso”, disse a manifestante Manon Bonijol. “Votar (para o Parlamento) será inútil enquanto Macron estiver no poder”, acrescentou a jovem de 21 anos.
O líder de extrema esquerda Jean Luc Mélenchon, cujo partido ‘A França Insubmissa’ (LFI) e seus aliados pertencem ao bloco de esquerda, afirmou que a eleição foi “roubada dos franceses” e convocou os franceses para manifestações nas ruas.
Neste sábado, ele pediu aos seus apoiadores que se preparem para a batalha. “Não haverá pausa”, prometeu.
“A democracia não é apenas a arte de aceitar que você ganhou, é também a humildade de aceitar que você perdeu”, disse Mélenchon.
A aliança de esquerda queria que Lucie Castets, uma economista de 37 anos, se tornasse primeira-ministra, mas Macron rejeitou a ideia, argumentando que ela não sobreviveria a um voto de confiança no Parlamento dividido.