Conforme informações do G1, a Justiça Federal autorizou buscas na casa e no gabinete de Mario Alexandre na prefeitura.
Também foram autorizadas buscas contra Bento Lima (PSD), candidato à prefeitura aliado de Marão e ex-secretário de Gestão de Ilhéus, o ex-procurador-geral do município, Jefferson Domingues Santos, outras duas pessoas e duas empresas.
Os contratos investigados envolvem valores superiores a R$ 45 milhões. A a\tuação dos agentes públicos ocasionou desvios de recursos públicos na área de saúde, educação e limpeza urbana.
A operação, batizada de Barganha, teve 17 mandados de busca e apreensão cumpridos em Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista, Salvador e Lauro de Freitas. Além das medidas de busca e apreensão foram deferidas a quebra de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos no esquema criminoso, bem como apreensão de valores.
As investigações são baseadas na delação premiada de um alvo de uma operação anterior da PF, que investigou o desvio de dinheiro federal destinado ao enfrentamento da Covid.
A delação foi homologada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) com participação do Ministério Público Federal (MPF).
Candidato de Mario nas eleições 2024, Lima também seria o responsável por receber a propina destinada ao prefeito a partir dos recursos destinados pela prefeitura para a manutenção de um hospital de campanha montado durante a pandemia.
Para os investigadores, Marão é o chefe de uma organização criminosa que responsável por negociar propina com empresários em troca de contratos de prestação de serviços; e Bento Lima é o braço-direito do prefeito nessas negociações.