Mário Kertész: “Esse é um caso escandaloso, é um caso terrível, é dinheiro sendo roubado”

Foto: Divulgação

O apresentador Mário Kertész, na manhã desta sexta-feira (12), na Rádio Metrópole, pediu aprofundamento nas investigações sobre a polêmica fracassada compra dos 300 respiradores para o Consórcio Nordeste, feita pelo governo baiano. A compra abriu uma crise no governo Rui Costa (PT), com a demissão de Bruno Dauster, que pediu demissão após ser citado como o negociador direto.

“O Consórcio Nordeste, presidido pelo governador Rui Costa, diga-se de passagem, um homem que até agora, em todos os anos de vida pública dele, ninguém levantou nada quanto a qualquer ato de desonestidade ou qualquer malfeito. Pois bem, esse consórcio vai e procura uma empresa e paga R$ 48,7 milhões a essa empresa pela aquisição de 300 respiradores. Bom, os respiradores não foram entregues. Essa empresa pega desse dinheiro R$ 12 milhões e distribui entre os sócios. Uma delas bota dinheiro no exterior. Não entrega, não faz nada, o governo do Estado, através da Polícia Civil e do Ministério Público, investiga, e leva à prisão dos sócios dessa Hempcare”, disse o radialista, que completou.

“Todo o dinheiro era dos governos estaduais do Nordeste. Pano de fundo: esse Consórcio Nordeste é uma pedra no sapato do governo Bolsonaro, porque politicamente o Nordeste derrotou ele aqui, porque estão alinhados politicamente, porque trabalham para trazer investimentos. A juíza determinou o bloqueio do pouco dinheiro que acharam, porque a maioria já tinha voado, e prendeu quatro ou cinco membros. Agora, acreditem: cinco dias depois, soltam eles e suspendem as investigações. Não tem ninguém investigando nada. Nada! O Ministério Público da Bahia tem que explicar e não somente dizer ‘não, isso é uma ação de um promotor, os promotores têm independência’, sim! Mas esse é um caso escandaloso, é um caso terrível, é dinheiro sendo roubado, e que se apresente os ladrões, seja quem for. Mas que se investigue”, falou Kertész.

A crise dos respiradores, em meio ao caos da pandemia do novo coronavírus, tem tirado o sono dos integrantes do governo do estado, que procuram entender o que houve de errado nas negociações e se há alguma fraude.

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