Marta Suplicy pensa em sugerir pré-sal para cultura
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse que todos os pedidos de mais políticas públicas feitos pelos grupos culturais que atuam no país são imprescindíveis. Ao abrir o Encontro Nacional de Culturas Populares e Tradicionais, a ministra destacou o papel desses grupos no fortalecimento da cultura e do patrimônio imaterial do país, mas admitiu que será uma luta colocar tudo em prática, porque os recursos destinados à pasta são sempre mais escassos do que para outros setores.
“Com essa união dos grupos, poderemos ter um avanço no Congresso Nacional”, disse Marta, lembrando que é preciso ter uma boa estratégia. Segundo ela, a cultura geralmente é “o patinho feio”, porque nunca sobram recursos. “No ano que vem, teremos menos, mas, para a cultura popular, vamos manter”, garantiu a ministra.
Marta levantou a possibilidade de pleitear no Congresso Nacional que seja destinada à cultura parte dos recursos do pré-sal. “A cultura é a identidade de um povo e, na medida em que o Brasil hoje tem outro papel internacional, precisamos de outra presença, além da identidade do futebol e do carnaval.” A ministra explicou que a ideia de pedir mais dinheiro do pré-sal ainda é embrionária, mas ressaltou que, com o apoio da cultura de raiz, que é forte e desprezada financeiramente, há possibilidade de se obter uma fatia maior dos recursos.
Ela disse que deputados e senadores têm sensibilidade para isso. “Tanto é que temos conseguido aprovar todas as leis de que precisamos. Em um ano, aprovamos o Sistema Nacional de Cultura, o vale-cultura, a fiscalização do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), o Cultura Viva. Foi muita coisa, e havia itens tramitando há oito anos”, ressaltou. (Agência Brasil)