Mônica Calazans
Reprodução Globoplay

Mônica Calazans e Fátima Bernardes

Mônica Calazans, de 54 anos, foi a primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19 no Brasil . Nesta segunda-feira (18), ela participou do “Encontro” e falou sobre a repercussão que o ato voluntário gerou no País.

“É uma emoção ímpar. Eu não imaginava que ia ter essa repercussão que teve. Eu não fui com intenção de aparecer. A minha intenção sempre foi salvar vidas. A vacinação é a chance que temos para salvar vidas. A vacina vai ajudar muita gente”, disse Mônica, em papo com Fátima Bernardes, sobre ser a primeira pessoa vacinada.

Ao falar sobre o que a motivou a participar do estudo, a enfermeira não pestanejou. “Eu falei ontem e repito novamente. Teve meme, teve crítica, falaram que eu era cobaia, eu não sou cobaia, sou participante de uma pesquisa. O fato de ter participado é por conta do meu irmão, que também teve Covid. Quando isso [pandemia] começou, eu achei que não chegaria no Brasil. Quando vi o primeiro caso no Brasil, eu achei que não chegaria na minha casa. Quando chegou na minha casa…. aí sim.. participei da pesquisa e disse: é pelo meu irmão e por todos os brasileiros”.

Indagada sobre o momento que descobriu que seria a primeira pessoa vacinada, Mônica não escondeu a emoção. “Eu estava de plantão no Emílio Ribas, a diretoria de enfermagem me ligou e disse que eu tinha sido escolhida. Tudo isso me causou uma comoção. Era 12h30 e eu estava fazendo meu serviço. Tive que parar para almoçar, fiquei muito pilhada”.

Após isso, Fátima Bernardes pediu para que Mônica dissertasse sobre as pessoas que não pretendem tomar a vacina contra o novo coronavírus (Sars-coV-2).

“Mudar a cabeça desse tipo de pessoa é difícil. Se ela não tem nenhum problema de saúde hoje, ela tem que lembrar que em algum momento ela tomou vacina. Se ela não teve sarampo, paralisia ou qualquer outra doença de infância… ela tem que lembrar que foi vaicinada lá trás e se questionar:  ‘porque não vacinar?'”, disse.

Por fim, abordando os efeitos colaterais do imunizante, Mônica tranquilizou. “Se eu, que tenho comorbidades, tomei e não tive nada, acredito que o restante da população também não terá”.