Em meio aos desdobramentos da última fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, um habeas corpus preventivo impetrado na Justiça Federal no Paraná, nessa quarta-feira (24), pede que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não seja preso, caso o juiz federal Sergio Moro tome uma decisão nesse sentido. O Instituto Lula nega qualquer vinculação com o pedido.
De acordo com a Folha de S. Paulo, o pedido foi registrado às 16h20 desta quarta-feira (24) e “refere-se a um possível pedido de prisão preventiva”. A informação foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
Entre os assuntos relacionados na solicitação –feito em uma ação que envolve o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró– constam “lavagem” ou ocultação de bens, direitos ou valores oriundos de corrupção” e “prisão preventiva”.
Lula tem dito a aliados que a prisão é uma demonstração de que ele será o próximo alvo da operação que investiga um esquema de corrupção na Petrobras.
À Folha, o Instituto Lula negou a notícia. Segundo a instituição, qualquer cidadão poderia fazer esse pedido.
É grande a especulação sobre o envolvimento de Lula com a cúpula da construtora Odebrecht, presa há cerca de uma semana pela Operação Lava Jato. Internamente, o ex-presidente teria dito a aliados que a prisão dos presidentes da Odebrecht e da Andrade Guiterrez o coloca como o próximo da lista, dentro da investigação que apura crimes de corrupção cometidos na Petrobras.
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) foi o primeiro a divulgar o pedido de habeas corpus e divulgar no Twitter.
LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DO INSTITUTO LULA:
São Paulo, 25 de junho de 2015,
Esclarecemos que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não entrou com o pedido de habeas-corpus impetrado em Curitiba, no dia 24/6/2015. Lembramos que esse tipo de ação pode ser feito por qualquer cidadão. Fomos informados pela imprensa da existência do Habeas Corpus e não sabemos no momento se esse ato foi feito por algum provocador para gerar um factoide.
O ex-presidente já instruiu seus advogados para que ingressem nos autos e requeiram expressamente o não conhecimento do Habeas Corpus.
Estranhamos que a notícia tenha partido do Twitter e Facebook do senador Ronaldo Caiado.