Menelau encontra Helena
Após um conflito de dez anos de duração, cerceado dos mais variados episódios, narrados na obra do poeta Homero (séc. X/IX a. c.), “Ilíada”, entre os dânaos ou aqueus, como Homero chama os gregos, e os troianos, descendentes de Dardano, filho de Zeus com a filha de Atlas, a Plêiade Electra, finalmente Menelau, rei de Esparta reencontra a ‘raptada’ esposa Helena, a mulher mais bela da época, filha da rainha Leda e de Tíndaro, rei de Esparta, que ao morrer deixou o trono para Menelau.
O poderoso rei de Esparta tem a tão esperada chance de vingança, da traição da mulher amada que, apavorada e abandonada por todos já mortos pelos gregos, se abraça a uma coluna aguardando o amargo gosto de sangue e a descida de sua alma ao Hades, o Mundo dos Mundos.
Porém, assim como fizera com Helena, para ceder aos encantos amorosos de seu ‘raptor’, o príncipe-pastor Páris, Afrodite, a deusa da Beleza e do Amor, apiedada com a possibilidade do fim da famosa beleza de Helena, novamente, impute, vagarosamente, a paixão no peito do guerreiro espartano.
E de sua posição inicial de ira e executor da morte de sua esposa, Menelau vai ‘amolecendo’ e reler a beleza indiscutível da princesa de Troia e da rainha de Esparta, e a perdoa, levando-a de volta para casa.
“Menelau encontra Helena”, Alexander Rothaug