Menina de 6 anos é espancada em Ipojuca; pai e madrasta são suspeitos

Hospital da Restauração

Hospital da RestauraçãoFoto: Henrique Genecy/Folha de Pernambuco

Uma menina de seis anos encontrada com sinais de espancamento, em Ipojuca, permanece internada no Hospital da Restauração (HR), no Recife. A criança foi encontrada por integrantes do Conselho Tutelar do município após averiguarem uma denúncia anônima de maus tratos. A Polícia Civil de Pernambuco prendeu o pai e a madrasta da criança em flagrante delito, suspeitos de cometer tortura. Aos conselheiros, a menina demonstrava pânico e terror da madrasta. O caso é investigado pelo delegado Ney Luiz Rodrigues, da Delegacia de Ipojuca.

De acordo com uma conselheira, que pediu para não ser identificada, a criança afirmou que apanhava da madrasta com diversos objetos, como cabo de faca, martelo de amaciar carne e tubo de desodorante. “Quando se falava na madrasta, ela ficava com horror”, relatou a fonte. Sobre o pai, ela disse que nunca foi agredida por ele. “Mas ele sabia dos hematomas. Via-amachucada e reclamava, mas nunca tomou posição”, complementou.

O crime veio à tona na terça-feira (19), com denúncia anônima, que não explicava onde a menina morava, mas dizia onde estudava. Ao chegar à escola, os conselheiros encontraram a mãe biológica da criança – moradora de Sirinhaém, na Mata Sul – que também desconfiava de “algo errado”, já que viu a filha cheia de marcas de agressão e o pai alegava que era coisa de “brincadeiras na escola”. A sensação era compartilhada por vizinhos e pelo próprio colégio, com as faltas às aulas frequentes. “A madrasta e o pai esconderam a criança em casa. A vizinhança desconfiava e dizia que era uma conjuntivite, mas as lesões eram muito fortes, não dava para acreditar que fosse isso”, explica a conselheira.

menina se encontra em estado estável no HR, acompanhada da mãe biológica. O pai e a madrasta devem passar por audiência de custódia no Plantão Judiciário nesta sexta (22), em Jaboatão dos Guararapes. O Conselho Tutelar também vai investigar a situação da mãe da menina, antes de repassar a guarda.

Acima de qualquer suspeita
Uma parente do suspeito, que também pediu anonimato, afirmou que a família não sabia de nada. “Ela (a madrasta) nunca apresentou comportamento estranho, sempre nos ajudava muito. Era uma pessoa sorridente, na dela. Não sei porque ela fez isso com minha sobrinha. E ela tá tentando culpar meu irmão”, afirmou.

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