Mensalidade escolar sobe até 12%, o dobro da inflação

Prepare o bolso para mais uma conta bem salgada. Levantamento feito por ZH com os 10 colégios particulares do Estado com maior número de alunos aponta reajuste médio das mensalidades de até 8,73%.

O percentual reflete os 8,5% sugeridos  pelo Sindicato do Ensino Privado (Sinepe-RS). Entre as 10 universidades pesquisadas, o aumento será um pouco menor, 6,69%, mas também supera a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2013, que foi de 5,91%.

O índice de 8,5% foi apresentado em novembro pelo Sinepe, como prévia, a partir de consulta com cem educandários. Na verificação de ZH feita ontem com amostragem de 10 escolas, houve oscilações para mais ou menos, chegando ao máximo de 12% de aumento. O vice-presidente do Sinepe, Osvino Toillier, informa que, conforme sondagem nas oito regionais do Sinepe para conferir os reajustes definidos no final do ano, a média foi de 8,5%.

Para justificar a alta muito acima da inflação, o vice-presidente afirou que as escolas são surpreendidas por gastos imprevistos, assim como as pessoas. Toillier exemplifica que a decisão de instalar climatizadores de ar numa escola ou ampliar o prédio repercutem no preço da mensalidade.

– Não se tem como parâmetro o limitador da inflação – admite.

Nos últimos cinco anos, a alta acumulada das mensalidades ultrapassa a inflação em cerca de 10 pontos percentuais. O coordenador do escritório do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) na Capital, Marcio Mendes da Silva, detalha que no ano passado os custos do Ensino Médio acumularam aumento de 9,30%.

– Sempre tem algum curso reajustando acima da inflação – avisa Mendes da Silva, citando que a vilã do momento é a mensalidade da creche, que subiu 7,78% nos últimos 30 dias fechados em 22 de janeiro, período em que se cobra a nova mensalidade.

Para encarar altas tão pronunciadas, educadores financeiros recomendam organizar o orçamento doméstico. Além de planejar gastos e aumentos esperados – no mesmo padrão da inflação –, Sérgio Rangel, da Mirador Atuarial, recomenda fazer uma reserva para imprevistos. (Zero Hora)

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